Os vereadores de Maracás, localizada no Vale do Jiquiriçá, estão em alerta diante da possível suspensão das atividades da Largo Brasil, uma subsidiária da canadense Largo Resources. A mineradora é responsável pela extração de vanádio na zona rural da cidade.
O pedido de esclarecimentos surgiu durante uma sessão realizada na última quinta-feira (9), apoiado tanto por edis da base quanto da oposição. A preocupação cresceu após a divulgação de um comunicado da empresa, que mencionava enfrentar um momento “desafiador”.
No comunicado, a Largo Brasil destaca a queda no preço internacional do vanádio, dificuldades internas, tarifas impostas pelos Estados Unidos e dívidas com bancos e fornecedores. Esses fatores têm impactado suas operações. Além disso, a mineradora está atrasada no repasse da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) ao município, uma situação que se arrasta desde gestões anteriores.
O vereador Alex Gomes (PDT) propôs a realização de uma audiência pública para discutir a situação com representantes da mineradora. Ele enfatizou a importância de informar a população sobre a real condição da empresa, especialmente considerando seu papel na implantação da atividade na região.
A Largo Brasil é uma das principais fontes de emprego e renda em Maracás e mantém projetos sociais que beneficiam mais de 1,5 mil moradores.
O presidente da Câmara, Jonas Amorim (Republicanos), confirmou que o tema já havia sido discutido informalmente com o prefeito Nelson Portela (PT), que reconheceu o atraso nos repasses. Jonas sugeriu uma visita prévia à mineradora antes da audiência pública, ressaltando a necessidade de entender melhor a situação.
“Vamos buscar uma agenda com a empresa. Maracás depende muito dessa mineradora, e precisamos dar uma resposta à população”, destacou.
E você, o que pensa sobre a situação da mineradora em Maracás? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão que envolve o futuro da região.
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