O vereador de Salvador, Hamilton Assis (PSOL), revelou em entrevista ao Bahia Notícias que espera que o processo de cassação contra ele seja arquivado pela Corregedoria da Câmara Municipal. O pedido, feito por um cidadão civil chamado Pedro Ivo Rodrigues Cortes, foi fundamentado na alegação de quebra de decoro parlamentar após a ocupação do plenário por manifestantes de professores.
Assis destacou que confia no arquivamento, pois o corregedor da Câmara, Alexandre Aleluia, e o vereador Duda Sanches já votaram a favor dessa medida. Ele explicou que o relatório indica que não há evidências concretas nas acusações.
O vereador considerou a denúncia infundada, afirmando que não estava presente na Câmara durante o ato que motivou a queixa. “A acusação é completamente sem fundamento. Acusar alguém de contribuir para uma ocupação na Câmara, sendo que não estava lá, é absurdo. Parece mais uma tentativa de encontrar um bode expiatório para erros de outros”, comentou.
Apesar da situação, Assis reconheceu a legitimidade do mecanismo que permite que qualquer cidadão apresente representação contra vereadores. Ele ressaltou que o uso responsável desse recurso é essencial para fortalecer a fiscalização do Legislativo, mas expressou preocupação quanto ao seu uso como ferramenta de retaliação, intimidação ou para silenciar parlamentares durante debates importantes.
O caso se originou quando manifestantes ligados a movimentos sindicais invadiram o Centro de Cultura da Câmara de Salvador em meio a discussões sobre o reajuste salarial dos servidores da Prefeitura. A invasão ocorreu no dia 22 de maio e resultou na suspensão temporária da sessão.
Hamilton Assis explicou que não estava presente na Câmara naquele dia, pois havia agendado sua defesa de mestrado na Universidade Federal da Bahia para o mesmo horário do episódio. Quando retornou ao local, a situação já estava resolvida.
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