Maioria dos não cristãos dizem que estão abertos à fé, mas falta convite para ir à igreja

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Uma nova pesquisa da Lifeway Research revelou um dado interessante sobre a relação entre a Igreja e os que estão fora dela. Segundo o Dr. Thom Rainer, muitos americanos sem vínculo religioso não são hostis à fé e estariam abertos a visitar uma igreja. O desafio, no entanto, é a falta de convites.

Dentro das igrejas, há um silêncio preocupante em relação ao evangelismo. Quase metade dos cristãos admite não ter compartilhado o evangelho com ninguém nos últimos meses. Esse cenário evidencia a distância entre a disposição do público e a ação da Igreja.

A pesquisa indica que apenas cerca de 60% dos cristãos convidaram alguém que não é crente para um culto ou evento nos últimos seis meses. Os motivos para essa falta de convite são variados. Quarenta por cento afirmam não conhecer pessoas fora do círculo cristão, enquanto outros mencionam experiências negativas anteriores, o receio de serem rejeitados ou acreditam que a responsabilidade cabe a líderes e missionários.

Diante desse quadro, surge uma pergunta essencial: Se os não crentes estão dispostos, por que não os convidamos? Para Scott McConnell, diretor-executivo da Lifeway Research, o problema não é a falta de interesse, mas a ausência de convivência com pessoas fora da Igreja. Ele destaca a importância de ser intencional em conhecer novas pessoas na localidade e criar oportunidades para convidá-las.

Scott observa que um convite não se resume a preencher assentos. Trata-se de acolher pessoas e oferecer atividades agradáveis, mensagens inspiradoras e relacionamentos significativos. A pesquisa também revela que muitos não cristãos aceitariam convites para eventos simples, como encontros sociais ou ações solidárias, antes mesmo de irem a um culto.

“Às vezes, o primeiro passo é convidar alguém para um evento fora do culto de domingo”, diz Scott. Embora o público esteja aberto, o medo pode paralisar muitos crentes. O medo de rejeição ou de ofender parece ser mais forte entre os cristãos do que entre aqueles que eles pretendem convidar.

Scott resume o desafio com uma frase marcante: “O muro não está no coração dos nossos vizinhos, mas nas nossas cabeças.” Ele destaca que muitos cristãos desejam evangelizar, mas vivem isolados em círculos religiosos. Esse distanciamento enfraquece a missão da Igreja. “Há um número pequeno, mas significativo, de cristãos que não têm contato com aqueles que não vão à Igreja”, explica.

Evangelizar pode começar com um gesto simples, como fazer um convite pessoal. Não é sobre debates ou discursos de vendas, mas simplesmente dizer: “Vem comigo”. Além disso, ele lembra que a Igreja vai além do culto dominical; pode incluir churrascos, eventos ou dias de voluntariado.

Por fim, o estudo conclui que o campo missionário não está apenas em outros países, mas nas ruas das nossas cidades. “Um convite não significa apenas trazer alguém a um prédio; trata-se de oferecer esperança, comunidade e um relacionamento que pode mudar a vida dessa pessoa. Há muitas que diriam ‘sim’ se apenas perguntássemos.”

O que você acha desse quadro? Você já convidou alguém para conhecer a sua igreja ou uma atividade da sua localidade? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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