Brasil crescerá 2,4% em 2025, estima FMI

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta terça-feira (14) que o Brasil deve crescer 2,4% em 2025. Essa previsão representa um aumento de 0,4 pontos percentuais em relação ao que foi estimado anteriormente em abril. Apesar desse crescimento, a cifra para 2025 é inferior ao crescimento de 3,4% registrado em 2024.

Ainda de acordo com o FMI, a América Latina e o Caribe também crescem 2,4% em 2025, mostrando uma estabilidade na comparação com o ano passado, mesmo com a pressão das tarifas americanas. Porém, a previsão para a economia da região é que caia ligeiramente para 2,3% em 2026.

O FMI destacou que a revisão nas expectativas de crescimento se deve a tarifas mais baixas do que o esperado e a resultados econômicos mais fortes na região. O México, por exemplo, deve ver um crescimento de 1% em 2025, o que é 1,3 pontos percentuais acima da projeção anterior. Globalmente, a previsão de crescimento foi ajustada para 3,2%, em vez dos 3% projetados anteriormente.

Com a administração de Donald Trump, os temores de instabilidade global devido a novas tarifas têm diminuído, embora ainda não tenham desaparecido por completo. Para os Estados Unidos, o FMI aumentou a previsão de crescimento em 0,1 ponto percentual, resultando em 2% para 2025.

Impacto modesto das tarifas

Em comunicado, Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, afirmou que o impacto do choque comercial nas economias tem sido modesto até o momento. Na região, a Argentina se destaca com uma previsão de crescimento de 4,5%, superando a contração de -1,3% de 2024. Outros países como Colômbia, Chile e Peru devem crescer 2,5%, enquanto o Equador deve registrar 3,2%.

O relatório também comentou que 2025 será um ano dinâmico e volátil, impulsionado pelas mudanças nas prioridades políticas nos Estados Unidos e a adaptação das políticas econômicas globais. O comércio internacional continuará a ser um tema preponderante que pode influenciar as expectativas econômicas.

Desafios da inflação

A inflação é uma preocupação crescente, especialmente com registros surpreendentes no México e no Reino Unido. Apesar da força dos mercados emergentes, existem sinais de fragilidade e desafios nas condições externas. No Brasil, por exemplo, estão surgindo indícios de moderação econômica, em parte devido a políticas monetárias e fiscais mais rigorosas.

O FMI ainda observa que as novas políticas de imigração nos Estados Unidos poderão impactar o PIB do país, reduzindo-o entre 0,3% e 0,7% anualmente.

O departamento para a América Latina e o Caribe do FMI deve oferecer uma análise mais detalhada sobre a região ao final da reunião anual em Washington.

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