Ex-vereador faz notícia-crime e acusa advogados do Jockey de racismo

Milton Leite, ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, registrou na sexta-feira (10) uma notícia-crime contra quatro advogados do Jockey Club. A acusação é de racismo. Leite fez a denúncia no 78º Distrito Policial, situado no Jardim, zona oeste da capital paulista.

Esse registro dará início a um inquérito policial para investigar o caso. O ex-vereador tomou essa atitude depois de ser chamado de “antropoide desvairado” pelos advogados que representam o Jockey: Vicente Renato Paolillo, José Mauro Marques, João Boyadjian e Hoanes Koutoudjian.

No documento apresentado, a entidade critica a atuação de Leite e da Prefeitura de São Paulo em relação à manutenção do local. Os advogados alegam que o Jockey foi alvo de “terrorismo estatal” e de uma tentativa de ocupação forçada do hipódromo. Em a parte da denúncia, os advogados citaram: “proprietários de cavalos, tirem seus cavalos de lá, porque serão presos”.

O termo “antropoide” se refere a seres que têm semelhança física com os humanos, incluindo primatas como chimpanzés e gorilas.

Segundo os advogados do ex-vereador, todos os representados são homens brancos, com formação superior, e provavelmente nunca enfrentaram atos de racismo. A defesa é liderada por Luciano Vitor Engholm Cardoso e Fernando Capez.

Recuperação do Jockey Club

• O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) aceitou o pedido de recuperação judicial do Jockey Club, que enfrenta dívidas milionárias agravadas pela pandemia de Covid-19.
• A suspensão das cobranças será válida por seis meses, e o clube terá 60 dias para apresentar um plano de recuperação e evitar a falência.
• A Prefeitura de São Paulo está pressionando o clube, pois planeja transformar a área onde está localizado em um parque público, conforme projeto aprovado em 2023.
• A Prefeitura avalia que a área do clube, instalada desde 1941, vale R$ 95 milhões para abater a dívida de IPTU, mas o clube contesta, afirmando que o valor real é muito maior.