O programa Morar Melhor Entidades, em Salvador, já beneficiou 195 instituições sociais e deve alcançar 200 até o final de 2025. Lançado em junho de 2024, o programa é uma extensão do Morar Melhor Habitação, que, ao longo de dez anos, ajudou mais de 60 mil famílias.
A versão Entidades foca em terreiros, creches comunitárias, asilos e associações que realizam projetos sociais. Muitas delas dependem de editais e parcerias que cobrem despesas regulares, mas não oferecem recursos para manutenção. Ao perceber a necessidade, o prefeito Bruno Reis decidiu implementar essa iniciativa.
O objetivo é apoiar organizações que operam em condições precárias, mas que desempenham papéis essenciais para os moradores em situação de vulnerabilidade. “Essas instituições, que trabalham em áreas como cultura, esporte e educação, enfrentam problemas de infraestrutura. Embora existam convênios que ajudam com os custos operacionais, nenhum deles cobre reformas necessárias”, afirmou o prefeito.
O primeiro terreiro atendido foi o Ilê Axé Omim Deua, no bairro Fazenda Grande IV, seguido pela Associação Bahiana de Reabilitação e Educação (Abre), em Vila Laura. O secretário municipal de Infraestrutura e Obras, Luiz Carlos de Souza, destacou que o programa surgiu a partir de solicitações diretas e que as reformas incentivam a iniciativa privada a apoiar também.
“Em cada bairro há associações realizando atividades sociais sem renda própria. Todo serviço prestado é gratuito. A captação de projetos é desafiadora, levando muitas a operarem em condições precárias, sem banheiros adequados ou telhados em boas condições. Por isso, o prefeito pediu um projeto específico para essas instituições”, comentou.
Na prática, as intervenções incluem serviços semelhantes aos do Morar Melhor Habitação, como reboco, pintura, troca de esquadrias e revitalização hidráulica e elétrica. Duas empresas estão responsáveis por executar as obras.
A coordenadora do Morar Melhor Entidades, Erica Sabrine, enfatiza que o primeiro passo para ser beneficiado é procurar a Seinfra. “Nossa equipe fará uma visita técnica para avaliar a estrutura e o orçamento. As melhorias não envolvem construção nova, mas sim a revitalização do que já existe”, explicou.
Ela ressaltou que essas instituições são fundamentais, contribuindo onde o poder público, muitas vezes, não chega. Embora haja uma ampla variedade de beneficiados, a maioria são terreiros de candomblé registrados na Secretaria Municipal da Reparação, o que é condição para atendimento. Além disso, todas as organizações precisam ter documentação atualizada, incluindo ata com os membros oficiais.
E você, o que pensa sobre essa iniciativa? Como você vê a importância do apoio a instituições sociais na sua região? Compartilhe sua opinião nos comentários!
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