Em uma expedição noturna nas florestas da Tasmânia, o fotógrafo australiano Ben Alldridge fez história ao capturar a primeira imagem conhecida de um mamífero que brilha no escuro em seu habitat natural. O registo impressionante do quoll-oriental, um pequeno predador noturno, rendeu a Alldridge o Prêmio de Fotografia Científica Beaker Street de 2025. A imagem revela o animal sob luz ultravioleta, exibindo tons vibrantes de azul e roxo, que antes só haviam sido observados em laboratório.
Mas quem é essa criatura que parece saída de um conto de fadas? Neste artigo, vamos explorar tudo sobre o quoll-da-Tasmânia, seu nome científico, onde vive, como se parece e por que ele brilha. Prepare-se para conhecer um dos segredos mais luminosos da fauna australiana!
Conheça o Quoll-da-Tasmânia: um mamífero australiano que brilha no escuro

O mamífero australiano que brilha no escuro, conhecido como quoll-oriental ou quoll-da-Tasmânia, tem o nome científico de Dasyurus viverrinus. Apesar de pouco conhecido fora da Austrália, esse pequeno carnívoro desempenha um papel importante no ecossistema, predando insetos, pequenos roedores e aves.
Nativo da Tasmânia, este animal vive principalmente em áreas de floresta densa e regiões montanhosas, onde se esconde durante o dia e caça à noite. Embora já tenha sido encontrado em partes do sudeste australiano, atualmente sua presença está praticamente restrita à Tasmânia devido à perda de habitat e à competição com espécies invasoras.
Aparência e parentesco curioso
À primeira vista, o quoll pode lembrar um gambá ou uma doninha, com pelagem marrom ou preta e manchas brancas. De acordo com relatos, ele é aproximadamente do tamanho de um pequeno gato doméstico, com cauda longa e olhos grandes adaptados à visão noturna.
Curiosamente, ele é parente próximo do famoso Diabo-da-Tasmânia (Sarcophilus harrisii), outro marsupial carnívoro da região. Ambos pertencem à família Dasyuridae, que reúne os marsupiais predadores da Austrália.
O que é um marsupial?

Além dos cangurus, há muitos outros animais na Austrália que carregam filhotes em uma bolsa. Esses mamíferos são conhecidos como marsupiais, que dão à luz filhotes ainda em estágio embrionário, que completam seu desenvolvimento dentro de uma bolsa externa chamada marsúpio.
Esse é o caso dos cangurus, coalas e, claro, do quoll. Essa estratégia de crescimento natural permite que os filhotes fiquem protegidos enquanto se desenvolvem.
Como e por que ele brilha no escuro?

O brilho do quoll não é magia, mas ciência. O fenômeno é chamado de biofluorescência, diferente da bioluminescência, como a de vaga-lumes. No caso do quoll, certas partes de sua pelagem absorvem luz ultravioleta, invisível aos olhos humanos, e a reemitem em comprimentos de onda visíveis, como azul, roxo e rosa. Esse efeito só é visível sob luz UV, como a utilizada por Alldridge durante sua expedição.
Ainda há muitas dúvidas sobre o porquê do quoll ter desenvolvido essa característica. Algumas teorias sugerem que o brilho pode ajudar na comunicação entre indivíduos da mesma espécie ou servir como camuflagem contra predadores que enxergam em espectros diferentes. O fato é que essa descoberta abre novas portas para entender a ecologia noturna dos marsupiais australianos.
E você, o que acha dessa incrível descoberta sobre o quoll-da-Tasmânia? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre essa curiosidade da fauna australiana!
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