O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em uma coletiva de imprensa na Casa Branca que o país está em uma “guerra comercial” com a China. Sua declaração veio em um momento de crescentes tensões entre as duas potências.
“Estamos em uma agora. Temos 100% de tarifas. Se não tivéssemos tarifas, estaríamos expostos e sem defesa”, declarou Trump.
Pequim também se manifestou, condenando a ação militar dos EUA contra uma embarcação venezuelana no Caribe. O governo chinês considerou o ataque uma “violação das normas internacionais” e um “exagero unilateral” que afeta a estabilidade regional.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, reafirmou a oposição do país ao uso da força nas relações internacionais e à interferência nos assuntos internos da Venezuela, ressaltando o apoio à proposta que declara a América Latina e o Caribe como uma “Zona de Paz”.
O ataque norte-americano à embarcação venezuelana, suspeita de envolvimento com tráfico de drogas, resultou na morte de seis pessoas, de acordo com informações do governo dos EUA. Já a Venezuela classificou a ofensiva como uma “ação criminosa” contra civis.
Crise da soja e retaliação econômica
Além das questões militares, Trump criticou a China por não comprar soja norte-americana, prejudicando assim os agricultores do país. Ele mencionou que o governo está considerando medidas de retaliação, como o encerramento de negócios com a China relacionados à compra de óleo de cozinha e outros produtos.
A China importou mais de 12 bilhões de dólares em soja dos EUA em 2024, mas zerou suas importações em setembro de 2025, condicionando a retomada ao fim das “taxas irracionais” impostas pelos Estados Unidos. Agricultores americanos enfrentam risco de falência, já que até 60% da produção de soja de alguns estados vai para o mercado chinês.
Escalada nas negociações comerciais
A administração Trump já havia imposto tarifas de 100% sobre todos os produtos importados da China, em resposta ao controle de exportações de Pequim sobre materiais que são essenciais para eletrônicos e tecnologia verde.
O porta-voz do Ministério do Comércio da China criticou a postura dos EUA, prometendo “medidas firmes e correspondentes” caso as tarifas sejam implementadas. Ele afirmou que as ações dos EUA prejudicaram gravemente os interesses da China e o clima das negociações comerciais bilaterais.
Trump afirmou que os EUA adotarão uma abordagem igualmente rigorosa a partir de 1º de novembro de 2025, com tarifa de 100% sobre produtos chineses e controles de exportação sobre “todo e qualquer software crítico” fabricado em solo norte-americano.
“É impossível acreditar que a China tenha tomado tal atitude, mas tomou, e o resto é história”, concluiu Trump.
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