Na última quinta-feira (16), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS rejeitou a convocação de José Ferreira da Silva, conhecido como “Frei Chico”, por 19 votos a 11. Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vice-presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), é um alvo significativo da oposição na comissão.
A CPMI está investigando um esquema de fraudes e descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Recentemente, o STF bloqueou R$ 390 milhões em bens do Sindnapi, que supostamente foram arrecadados de forma ilegal, sem a autorização dos segurados entre 2021 e 2025.
A possibilidade de um depoimento de Frei Chico surgiu após a Operação Sem Desconto da Polícia Federal, que ocorreu na semana passada, com ações focadas no sindicato. A operação investiga se o Sindnapi utilizou empresas de fachada e dirigentes para lavar dinheiro desviado de aposentados.
Parlamentares aliados ao governo afirmaram que não há relação entre o cargo de Frei Chico e as investigações sobre desvios ligados ao INSS. Essa mobilização da base aliada foi essencial para evitar sua convocação. Além disso, a CPMI rejeitou a quebra de sigilos bancários do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que coordena as ações do governo na comissão, comentou: “Ele não foi citado em investigações da CGU ou da Polícia Federal. Não há nada que o envolva nas irregularidades que estão sendo apuradas por essas instituições ou pela CPMI em relação a esse sindicato”.
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