O cantor Igor Kannário foi o convidado do podcast PodPah na última quarta-feira (15) e compartilhou um período difícil de sua vida, quando ficou preso por tráfico de drogas.
No bate-papo, ele traçou um paralelo entre sua situação e a de Oruam, que também passou cerca de dois meses encarcerado no Rio de Janeiro, suspeito de associação ao tráfico e envolvimento com a facção Comando Vermelho, liderada por Marcinho VP, pai do artista.
Para Kannário, a marginalização do trap é semelhante ao enfrentado pelo pagode em Salvador.
“O que Oruam passou no Rio, eu vivi em Salvador. Eu não tenho pai cabeça cara. O que o trap enfrenta hoje, eu já passei 15 anos atrás, fui parar no Mata Escura, num presídio por tráfico, por um cigarro que nem era grande,” disse.
Ele comentou que ao chegar no presídio, foi respeitado pelos outros detentos, que não compreendiam o motivo de sua prisão.
“Quando eu entrei, já começaram a cantar minhas músicas, batendo na parede. ‘É o Kannário ou não é? É!'”, relembrou.
Kannário afirmou que sua prisão foi injusta, assim como a de Oruam. “Dentro do presídio, eu era quem? Nunca assaltei ninguém, nunca matei ninguém. Vi muita coisa lá, o bagulho é doido. O filho chora e a mãe não vê de verdade. Quando vi a história do moleque, pensei: ‘caramba, estão fazendo com ele o que fizeram comigo’”, relatou.
Atualmente, Oruam está em liberdade após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) revogar sua prisão preventiva.
No entanto, ele deverá cumprir algumas medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno, até o julgamento definitivo de seu recurso.
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