A Justiça do Amazonas começou a ouvir nesta quinta-feira (16) Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, e Amarildo da Costa de Oliveira, chamado de “Pelado”. Ambos são suspeitos de envolvimento nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. As investigações apuram uma organização criminosa que operava com pesca e extração ilegal na região do Vale do Javari, na Amazônia.
Os interrogatórios de Colômbia e Pelado ocorrerão por videoconferência nesta quinta e sexta-feira (17). Este inquérito é distinto do processo que investiga diretamente os homicídios de Bruno e Dom, mas inclui também oito outros suspeitos com relação à organização criminosa, sob a responsabilidade da Justiça Federal de Tabatinga (AM).
Colômbia é acusado de liderar um esquema de extração ilegal e venda de peixes, abastecendo não apenas a localidade, mas também mercados em cidades distantes, como Tefé e Manaus. Existem também indícios de vínculos dele com o tráfico internacional de drogas na Amazônia.
Segundo a Polícia Federal, os assassinatos de Bruno e Dom, ocorridos em junho, foram encomendados por Villar, que exercia influência sobre comunidades ribeirinhas. Oliveira, o Pelado, atuava como fornecedor para Colômbia. Ambos já estão presos por sua ligação com os crimes.
Bruno estava capacitando indígenas para a fiscalização do território e, assim, causando prejuízos aos exploradores. Dom estava coletando informações para um livro, que incluía detalhes sobre o trabalho de Bruno.
Colômbia foi preso em 8 de julho após apresentar documentos falsos à Polícia Federal e negar envolvimento nas mortes. Ele foi colocado em prisão domiciliar em outubro, mas voltou à prisão em dezembro de 2023 por descumprir as condições da fiança.
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