Na quarta-feira, 15 de outubro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que está considerando realizar ataques terrestres contra cartéis de drogas na Venezuela. Essa declaração marca um aumento nas tensões entre Washington e o regime de Nicolás Maduro. A notícia coincide com a autorização dada pela Casa Branca à CIA para executar operações secretas no país sul-americano.
Trump afirmou no Salão Oval que “certamente estamos pensando agora na terra, porque já temos bem sob controle o mar”. Recentemente, as forças americanas bombardearam cinco embarcações no Caribe, supostamente carregando drogas, resultando em ao menos 27 mortes. Em agosto, o presidente já havia enviado 10 mil militares e oito navios de guerra à região com o intuito de combater o narcotráfico.
No mesmo dia, a Força Aérea dos EUA realizou sobrevoos com três bombardeiros pesados B-52 a menos de 200 quilômetros de Caracas. Essas aeronaves, que podem carregar armamentos nucleares, provocaram comentários nas redes sociais devido a suas rotas consideradas desafiadoras. O governo venezuelano ainda não respondeu oficialmente, mas intensificou seus exercícios militares e mobilizou milícias.
A autorização para operações secretas permite que a CIA conduza ações letais e encobertas na Venezuela e no Caribe, com o objetivo de enfraquecer e eventualmente destituir Maduro. Essa movimentação é vista como a maior presença militar dos EUA na região desde a intervenção no Haiti em 1994, envolvendo um cruzador, três destróieres, submarinos nucleares, caças F-35 e fuzileiros navais.
Trump também anunciou uma recompensa de 50 milhões de dólares por informações que possam levar à prisão de Maduro, acusado de “narcoterrorismo”. Recentemente, Washington encerrou diálogos diplomáticos com Caracas após Maduro se recusar a deixar a presidência.
A reeleição de Maduro, ocorrida no ano passado, foi marcada por denúncias de fraude e falta de transparência. Além disso, o prêmio Nobel da Paz foi recentemente concedido à líder opositora María Corina Machado, agora em clandestinidade, aumentando o isolamento do regime venezuelano.
A intensificação das ações militares americanas levanta preocupações entre países vizinhos, como o Brasil, que já reforçou suas posições em Roraima diante da possibilidade de um aumento no fluxo de refugiados. Observadores alertam que a estratégia de Trump, ao equiparar cartéis a organizações terroristas, pode abrir caminho para uma intervenção direta na Venezuela.
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