A Venezuela intensificou sua presença militar nas regiões fronteiriças com a Colômbia, em resposta a uma mobilização das forças dos Estados Unidos no Mar do Caribe. Essa medida foi anunciada nesta quinta-feira (16) e vem como parte de exercícios militares em reação a uma operação antidrogas realizada por Washington, que envolve sete navios de guerra próximos à costa venezuelana.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou Nicolás Maduro, líder venezuelano, de envolvimento com o narcotráfico e, na quarta-feira (15), autorizou operações da CIA contra o governo em Caracas. Maduro, por sua vez, classificou a ação norte-americana como uma “ameaça de mudança de regime” e determinou manobras militares com milhares de soldados em várias áreas do país.
Em estados como Táchira e Amazonas, as autoridades confirmaram o início de operações com patrulhamento reforçado nas passagens fronteiriças. Em Táchira, onde estão as três principais pontes que conectam a Venezuela à Colômbia, aproximadamente 17 mil militares foram deslocados para a região da Ponte Internacional Simón Bolívar, entre as cidades de Cúcuta (Colômbia) e San Antonio (Venezuela). O general Michell Valladares, comandante da Zona Operacional de Defesa Integral de Táchira, declarou que “o estado andino foi parcialmente fechado e a ordem interna em San Cristóbal foi assegurada”.
No Amazonas, que também faz fronteira com o Brasil, os efetivos foram distribuídos para proteger “empresas estratégicas” e “serviços básicos”, segundo o general Lionel Sojo. Ele destacou que o objetivo é “elevar o nível de prontidão operacional” e fortalecer a integração entre os militares e a população local.
Além das fronteiras terrestres, o governo venezuelano também mobilizou tropas em áreas costeiras dos estados de Nueva Esparta, Sucre e Delta Amacuro, próximos a Trinidad e Tobago. Desde o início da operação americana no Caribe, os Estados Unidos alegaram ter atacado pelo menos cinco embarcações de supostos “narcoterroristas”, resultando em 27 mortes. Após um dos ataques, a polícia de Trinidad e Tobago iniciou investigações sobre a possível morte de dois cidadãos locais que estariam a bordo de uma das embarcações atingidas.
Esses eventos refletem a crescente tensão entre os dois países, com a Venezuela se preparando para um fortalecimento militar significativo em resposta às ações de Washington. É um momento crítico para a região, e as reações podem impactar diretamente as relações entre os países envolvidos.
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