Um descontentamento entre produtores culturais mobilizou a cena cultural na Bahia. O critério de avaliação chamado “harmonia com a política estadual de cultura”, que levou à reprovação de alguns projetos em editais, gerou controvérsias sobre a gestão de Bruno Monteiro na Secretaria de Cultura.
Sérgio Sobreira, um dos produtores afetados, expressou sua indignação. Ele criticou o edital da Secult, afirmando que esse critério revela um controle excessivo sobre as artes. Segundo ele, limita a liberdade de expressão e submete a produção artística a interesses políticos.
Durante uma coletiva de imprensa na última sexta-feira (17), Bruno Monteiro abordou o assunto. Ele explicou que esse critério existe desde 2011 e nunca foi um problema nas edições anteriores dos editais. Monteiro defendeu que ele é essencial para garantir a diversidade nas propostas culturais.
“A Bahia tem uma Lei Orgânica da Cultura de 2011, que rege nossa política cultural,” destacou Monteiro. Ele continuou explicando que as políticas públicas precisam estar alinhadas com essa legislação, que busca incluir e valorizar a diversidade cultural da Bahia.
Monteiro enfatizou que críticas ao edital não devem deslegitimar todo o processo de seleção. Segundo ele, os critérios são técnicos e visam democratizar o acesso aos recursos. “Quando preparamos um edital, nosso objetivo é garantir que todos possam participar de forma justa,” destacou.
A Funceb também comentou a situação. A Fundação afirmou que o critério respeita a Lei Orgânica da Cultura, enfatizando que a “harmonia com a política estadual de cultura” é um ponto que valoriza aspectos como diversidade étnica, de gênero e acessibilidade.
Os projetos são avaliados por uma banca especializada, com prazos para contestação publicados no Diário Oficial do Estado. O objetivo é garantir um processo transparente e inclusivo, permitindo que projetos que valorizem a diversidade sejam reconhecidos.
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