O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quinta-feira que está decidido a garantir o retorno de todos os corpos de israelenses sequestrados pelo Hamas. Netanyahu destaca que, embora esteja comprometido com essa missão, o processo poderá levar tempo devido às condições difíceis na Faixa de Gaza.
O ataque do Hamas, ocorrido em 7 de outubro de 2023, foi o mais violento da história de Israel. Esse atentado resultou em 1.221 mortes, a maioria civis, e no sequestro de 251 pessoas levadas para Gaza. Após um acordo de cessar-fogo, o Hamas deveria devolver todos os reféns, vivos e mortos, em até 72 horas, mas apenas 20 reféns vivos e 9 dos 28 corpos prometidos foram entregues.
Em uma declaração, o Hamas informou que entregou os corpos “aos quais teve acesso”, acrescentando que alguns estavam enterrados em túneis destruidos por Israel ou sob escombros de edifícios bombardeados. Durante uma cerimônia no Monte Herzl, em Jerusalém, Netanyahu reforçou seu compromisso em garantir o retorno dos reféns e vítimas.
Além disso, Israel já devolveu 120 corpos de palestinos. A Turquia decidiu enviar 80 especialistas para ajudar nas buscas por corpos, incluindo os dos reféns israelenses.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, enfatizou que o país poderá retomar os combates caso o Hamas não cumpra o acordo. O presidente Donald Trump também se manifestou, ameaçando ações contra o Hamas se as mortes em Gaza não cessarem.
O Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos solicitou ao governo israelense que suspenda a implementação do acordo até que todos os corpos e reféns sejam devolvidos. Um dos relatos emocionantes é o de Silvia Cunio, uma argentina que vive em Israel, que conseguiu recuperar seus filhos Ariel e David, sequestrados em 2023. Ela descreveu dois anos de angústia, sentindo que não conseguia respirar.
O acordo inclui uma retirada parcial das tropas israelenses de Gaza e a ampliação da entrada de ajuda humanitária. A segunda fase tratará do desarmamento do Hamas e a continuidade da retirada militar. O controle dos acessos à Faixa de Gaza continua nas mãos de Israel, incluindo a fronteira com o Egito, que deve ser reaberta neste domingo.
Enquanto isso, a ONU pede que Israel permita a entrada de ajuda humanitária em grande escala. A ofensiva de Israel já resultou em mais de 67,9 mil mortes na Faixa de Gaza, sendo a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde local, que são considerados confiáveis pela ONU. A OMS alertou para a disseminação de doenças e uma situação de fome extrema, com moradores relatando a falta de água e comida.
Esse conflito continua a impactar milhares de vidas na região. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião na seção de comentários.
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