O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a reabertura das investigações do Inquérito 4831. Esse caso analisa declarações do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, sobre uma possível tentativa de interferência política do então presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
As investigações visam apurar se os eventos mencionados configuram crimes como falsidade ideológica, coação, advocacia administrativa e obstrução de justiça. A atenção está voltada para a troca no comando da direção-geral da PF e os pedidos de mudanças nas superintendências regionais no Rio de Janeiro e em Pernambuco.
Em setembro de 2022, a PGR pediu o arquivamento do inquérito, alegando que as condutas não configuravam crime. Contudo, em uma nova análise realizada em 15 de outubro de 2025, o órgão revisitou seu posicionamento. A PGR agora afirma que “a análise dos autos indica a necessidade de diligências complementares para uma apuração adicional e mais abrangente dos fatos investigados”.
De acordo com a PGR, as declarações de Sérgio Moro, feitas em abril de 2020, sugerem que a atuação de Bolsonaro poderia ter como objetivo a obtenção de informações privilegiadas sobre investigações sigilosas e a interferência em apurações envolvendo ele mesmo, seus familiares e aliados políticos.
Com base nos depoimentos de Moro e em trocas de mensagens no WhatsApp entre ele e o ex-presidente, a Procuradoria considera crucial verificar a ocorrência de interferências ou tentativas de interferência nas investigações, usando estruturas do Estado e obtendo dados sensíveis de forma clandestina.
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