A União Europeia está discutindo uma nova estratégia para financiar a Ucrânia através da mobilização de ativos russos congelados. Segundo informações de um documento consultado pela AFP, a proposta visa liberar 140 bilhões de euros (aproximadamente 888 bilhões de reais) em empréstimos que deveriam ser utilizados principalmente para a compra de armas de fabricantes europeus.
Desde setembro, a Comissão Europeia trabalha em um esquema elaborado que permitiria esse financiamento, com base em mais de 200 bilhões de euros (1,7 trilhão de reais) de ativos do banco central da Rússia, que estão bloqueados devido às sanções impostas desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
O plano é que, se a Rússia não aceitar pagar por reparações de guerra, a Ucrânia não precisaria reembolsar o empréstimo. Caso a Rússia rejeite essa proposta, as sanções da UE continuam válidas, e os ativos permanecerão imobilizados.
A reunião dos líderes da UE está agendada para quinta-feira em Bruxelas, onde o projeto será discutido. Há expectativas de que a Comissão Europeia receba autorização para avançar com as medidas legais necessárias.
Entretanto, a Bélgica, que abriga a instituição financeira Euroclear, tem mostrado resistência, preocupada com a possibilidade de ter que arcar com os custos em caso de problemas. O governo belga exige garantias de que outros países da UE se responsabilizarão por um eventual reembolso, se necessário.
Enquanto isso, a Comissão planeja encontrar as melhores maneiras de utilizar esse dinheiro. A proposta inclui que a maior parte do crédito seja dedicada ao apoio militar à Ucrânia, com restrições que assegurem contratos com a Ucrânia e a UE.
Esse é um tema quente nas discussões atuais, e a situação continua a evoluir. O que você acha dessas propostas para ajudar a Ucrânia? Deixe sua opinião nos comentários.
Facebook Comments