Neste sábado (18/10), homens armados atacaram o escritório de um candidato sunita às eleições legislativas iraquianas, causando ferimentos em dois seguranças. O incidente ocorreu na região de Youssoufia, a 25 quilômetros ao sul de Bagdá, apenas três dias após o assassinato de outro candidato, segundo informações de uma fonte de segurança à AFP.
O candidato Mouthanna al-Azzawi, que é membro do Conselho Provincial de Bagdá, usou suas redes sociais para condenar o que chamou de “ataque covarde”. Ele afirmou que “esses atos não nos impedirão de continuar servindo nosso povo” e garantiu que os responsáveis serão punidos em breve.
Al-Azzawi faz parte de uma coalizão de pequenos partidos e figuras sunitas liderada por Mouthanna al-Samarrai. O clima tenso nas eleições aumenta com o assassinato anterior de Safaa al-Mashhadani, outro membro do Conselho Provincial de Bagdá. Ele foi morto na quarta-feira (15/10), quando um artefato explosivo foi colocado sob seu carro em Tarmiya, 40 quilômetros ao norte da capital.
Al-Mashhadani também era candidato e concorria por uma das maiores coalizões sunitas nas eleições de 11 de novembro. Essa coalizão, que inclui lideranças como Khamis al-Khanjar e o presidente do Parlamento, Mahmoud al-Mashhadani, classificou o crime como parte de uma “política de exclusão e traição” trazida por forças armadas fora de controle.
Investigação em andamento
O primeiro-ministro do Iraque, Mohamed Chia al-Soudani, determinou a abertura de uma investigação sobre os atentados e a prisão dos culpados. O Parlamento iraquiano, com 329 membros, é dominado por uma coalizão de partidos xiitas pró-Irã. As eleições de novembro marcarão a sexta vez que o Iraque realiza esse tipo de pleito desde a invasão americana em 2003, que resultou na queda de Saddam Hussein.
No arranjo político atual, o cargo de primeiro-ministro é tradicionalmente ocupado por um muçulmano xiita, o de presidente por um curdo e a presidência do Parlamento por um muçulmano sunita.
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