O açougueiro Adalto Roberto da Silva Júnior, de 26 anos, foi condenado a 30 anos de prisão por homicídio doloso. A sentença foi proferida na madrugada de sábado (18), após um julgamento que durou mais de 14 horas no Tribunal do Júri de Feira de Santana.
Adalto foi responsabilizado pelo atropelamento que resultou na morte de três jovens na Estrada de Jaíba (BA-503) no dia 31 de julho de 2022. As vítimas foram Ronald Soares dos Santos, de 7 anos, Williane Azevedo de Jesus, de 16, e Rafael dos Santos Gonçalves, de 17. Além disso, duas outras pessoas ficaram feridas no acidente.
Durante as investigações, ficou comprovado que Adalto dirigia em alta velocidade, sob efeito de álcool e sem habilitação quando colidiu com duas motocicletas em que estavam as vítimas. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas foi liberado dias depois, respondendo ao processo em liberdade.
O julgamento foi marcado por grandes emoções, com a presença das mães das vítimas, Antônia dos Santos e Carla Soares. Elas estavam ao lado de familiares durante todo o dia e comemoraram a decisão após mais de três anos de espera. “Foi uma luta longa, mas hoje sentimos que a justiça foi feita”, declarou uma das mães.
A defesa de Adalto, composta por uma equipe de advogados, solicitou a absolvição do réu, argumentando que não houve intenção de matar. “Comprovamos que não houve dolo eventual. Porém, respeitamos a decisão dos jurados e já interpusemos o recurso cabível. Agora, o Tribunal de Justiça da Bahia avaliará se mantém, reforma ou anula a sentença”, afirmou um dos advogados.
Com a decisão do júri, Adalto Júnior deve cumprir pena em regime fechado. Contudo, a execução da pena só começará após o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso.
Esse caso levanta discussões importantes sobre a responsabilidade no trânsito e o impacto de atos imprudentes na vida de tantas pessoas. O que você acha sobre essa questão? Compartilhe sua opinião!
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