As Conferências das Partes (COPs) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima são realizadas anualmente desde 1995, exceto em 2020 devido à pandemia. Nesses encontros, 198 países se reúnem, além de representantes da sociedade civil, para discutir e negociar ações contra as mudanças climáticas. Apesar de manter uma estrutura básica desde o início, o formato da COP evolui para enfrentar novos desafios globais.
A COP é o principal órgão decisório da UNFCCC, composto por todos os países que assinaram o tratado. Na 30ª edição, presidida pelo Brasil, novas inovações foram introduzidas para ampliar o diálogo e a participação social, garantindo que além das autoridades oficiais, a voz dos moradores também tivesse um papel no processo decisório.
Estrutura da COP30
Presidência e Diretoria-Executiva
A cada edição, um país da UNFCCC assume a presidência e sedia o evento. Em 2025, o Brasil terá esse papel pela primeira vez, com o embaixador André Corrêa do Lago, do Ministério das Relações Exteriores, indicado como presidente. Ele atuará como mediador, conduzindo os debates e facilitando acordos entre as partes.
A Presidência da COP30 se concentrará em quatro áreas:
- Cúpula de Chefes de Estado: Nos dias 6 e 7 de novembro de 2025, Belém receberá líderes mundiais para discussões climáticas, cujas declarações influenciarão o andamento das negociações.
- Negociação: Delegados de diversos países se reunirão na Blue Zone para estabelecer metas e ações climáticas.
- Agenda de Ação: Desde a COP21, as conferências incorporaram iniciativas que envolvem governos, empresas, e sociedade civil para acelerar ações climáticas. A COP30 terá 30 objetivos chave que integrarão esforços públicos e privados.
- Mobilização: A Presidência buscará engajar a sociedade em torno dos debates, promovendo um Mutirão Global no Brasil.
Complementando a Presidência, a secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, foi indicada como diretora-executiva da COP30. Sua principal função será coordenar a articulação com a sociedade civil, ampliando a participação no processo.
Campeões Climáticos
Anualmente, a UNFCCC nomeia duas personalidades que facilitam ações em prol de soluções climáticas. Eles atuam como intermediários entre governos, empresas e a sociedade. Para a COP30, o empresário Dan Ioschpe é o Campeão de Alto Nível, enquanto Marcele Oliveira, Campeã da Juventude do Clima, incentiva a participação jovem nas decisões climáticas.
Inovações Brasileiras
O Brasil introduziu os Círculos, grupos temáticos liderados por ministros para unir atores públicos, privados e comunitários em ações climáticas. Diversos círculos foram formados para discutir e chegar a resultados que serão apresentados na COP30.
Além disso, foram instituídos Conselhos de Adaptação, Científico, de Economistas, de Inovação Tecnológica e Inteligência Artificial, compostos por especialistas para oferecer recomendações estratégicas. O Brasil também nomeou Enviados Especiais, desejando ampliar a escuta e o engajamento de setores prioritários.
Com isso, a COP30 busca não só reunir decisões, mas também integrar vozes e esforços diversos para um combate efetivo às mudanças climáticas.
E você, o que acha das inovações propostas para a COP30? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua opinião sobre o futuro do clima no nosso planeta.
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