A Conferência Episcopal Alemã trouxe à tona uma preocupante tendência de aumento nos casos de vandalismo e profanação de igrejas. Essas ações vão desde incêndios criminosos e destruição de estátuas até a profanação de espaços sagrados, o que representa uma escalada de hostilidade contra símbolos cristãos nos últimos anos.
Um porta-voz da Conferência destacou que “todos os tabus foram quebrados” no que diz respeito a esses atos de vandalismo. Casos como a profanação de confessionários e a decapitação de estátuas de Jesus Cristo foram citados como exemplos alarmantes.
Embora as estatísticas policiais frequentemente classifiquem esses incidentes apenas como danos materiais, os líderes religiosos alertam que isso esconde um “campo obscuro” de crimes de ódio motivados por religião que não são reportados. A situação é ainda mais crítica agora que instituições cristãs em toda a Europa pedem um reconhecimento mais rigoroso desses crimes, que costumam ser subnotificados e negligenciados politicamente.
Em 22 de agosto, durante o Dia Internacional em Memória das Vítimas de Atos de Violência Baseados em Religião ou Crença, o Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra Cristãos na Europa (OIDAC Europa) se uniu ao Escritório de Instituições Democráticas e Direitos Humanos da OSCE (ODIHR) para incitar os governos a agir.
Um novo guia da OSCE, lançado recentemente, chama atenção para uma tendência preocupante: a crescente hostilidade contra cristãos na Europa. O documento aponta que esses crimes são frequentemente minimizados, subnotificados ou ignorados. A diretora executiva da OIDAC Europa, Anja Hoffmann, afirmou que o preconceito anticristão não se resume apenas aos ataques físicos, mas também se revela na postura de governos e da mídia em relação a esses eventos.
Hoffmann destacou a necessidade urgente de mais pesquisas e ações governamentais concretas, ressaltando que muitos governos europeus ainda não registram ou denunciam adequadamente esses crimes. As descobertas da OSCE mostram que incidentes anticristãos muitas vezes começam com atos de vandalismo, mas podem evoluir para assédio, intimidação e até agressões físicas.
O guia recomenda que os governos europes reforcem a coleta e documentação de incidentes, promovam a cooperação interinstitucional e garantam proteção durante observâncias cristãs significativas. A comunicação também deve ser pautada pela precisão e imparcialidade, evitando estereótipos que alimentam a hostilidade dirigida às comunidades cristãs.
A Conferência Episcopal Alemã reforçou essas preocupações, pedindo às autoridades que investiguem atentamente os ataques e a destruição de estatuas, igrejas e objetos litúrgicos.
O debate sobre a proteção das instituições religiosas e o respeito à liberdade de crença continua a despertar interesse. É fundamental que todos nós reflitam sobre o tema e compartilhem suas opiniões. O que você acha sobre essa questão? Deixe seu comentário abaixo.
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