O Ministério Público da Itália deu parecer favorável à extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli, que está presa cautelarmente em Roma. A informação foi divulgada pela Advocacia-Geral da União nesta quarta-feira.
Essa decisão avança o processo que pode levar a parlamentar de volta ao Brasil, onde deverá cumprir as penas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Zambelli foi detida em julho deste ano, após uma operação conjunta entre as autoridades brasileiras e italianas. A prisão foi autorizada pela Corte de Apelação de Roma, que indicou um “grave risco de fuga” se a deputada permanecesse em liberdade. Ela já havia deixado o Brasil pouco depois do STF ter decretado sua prisão preventiva em 4 de junho.
A Advocacia-Geral da União está representando o Estado brasileiro no processo de extradição, buscando assegurar o cumprimento das decisões judiciais do país.
Duas condenações no STF
Carla Zambelli já acumula duas condenações no STF. A primeira, que motivou sua fuga, é de dez anos e oito meses de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica, em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto.
A segunda condenação resultou em cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Nesse caso, Zambelli perseguiu armada o jornalista Luan Araújo, apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro de 2022 durante as eleições. A denúncia foi aceita pelo STF em agosto de 2023.
Além das penas, o STF impôs uma multa equivalente a 400 salários-mínimos, corrigida monetariamente, e determinou a perda do mandato parlamentar após o trânsito em julgado da sentença, quando não houver mais possibilidade de recurso.
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