Um dos delegados encarregados da operação que prendeu quatro adolescentes envolvidos em uma série de roubos violentos nas proximidades de escolas no Gama, Distrito Federal, destacou a gravidade das ações dos menores infratores. O delegado William Ricardo, da 14ª Delegacia de Polícia, explicou que, embora os jovens sejam inimputáveis, suas ações são extremamente perigosas.
“A sociedade deve entender que um menor não fica preso por roubo. E, quando fica, é por no máximo 45 dias. Estamos falando de roubos que têm potencial de latrocínio”, afirmou ele. Um dos adolescentes detidos se autodenomina “Capetinha do Gama”. A operação contou com a participação da Delegacia da Criança e do Adolescente, que identificou e interrogou os jovens, sendo que todos confessaram suas infrações.
A investigação revelou que esses crimes ocorriam especialmente nos arredores das escolas CEM 02 e CG, onde mais de 20 roubos foram registrados em apenas 15 dias, tendo estudantes e mulheres como principais alvos, com um foco particular em bicicletas e celulares.
“As vítimas em sua maioria são menores de idade, e a violência está aumentando. Estamos dedicados a evitar que Gama enfrente uma tragédia semelhante à da Asa Sul, onde um jovem de 16 anos foi assassinado durante um assalto”, enfatizou o delegado, que pediu mudanças na legislação para garantir que menores sejam mantidos apreendidos por crimes de roubo.
Veja vídeo de alguns crimes:
Detalhes dos crimes incluem:
- Uma vítima foi assaltada duas vezes pelo mesmo autor em um intervalo de apenas quatro dias, nos dias 18 e 22 de setembro.
- Durante a última ação, um dos adolescentes, visivelmente sob efeito de drogas, foi apreendido após cometer vários roubos.
- As vítimas relataram ameaças com faca, agressões físicas e chutes.
- Em um dos crimes, um dos menores golpeou um homem na cabeça com uma chave de roda, causando intenso sangramento.
Em um assalto em 26 de setembro, próximo à 14ª DP, a violência se intensificou quando os criminosos feriram uma vítima com uma faca, provocando perfurações graves. Essa vítima conseguiu chegar à delegacia, onde recebeu atendimento médico e foi encaminhada ao Hospital Regional do Gama.
No dia 4 de outubro, um dos menores ameaçou uma vítima durante o assalto, afirmando: “Fica tranquila, você não será a única a ser assaltada por mim hoje.”
Vídeos de alguns crimes dos envolvidos: Durante seu depoimento, um dos adolescentes se gabou nas redes sociais de seu título como “Capetinha do Gama”. Os menores têm um histórico de infrações como tráfico, recepção, lesão corporal, ameaça e direção perigosa. As investigações continuam para identificar os receptadores das bicicletas e celulares roubados, e até o momento, alguns bens já foram recuperados.
O que você acha sobre a situação dos menores infratores e a necessidade de mudanças na legislação? Deixe sua opinião nos comentários.
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