Os Estados Unidos estão intensificando os esforços para manter o cessar-fogo em Gaza. Na segunda-feira (20), emissários americanos, incluindo Steve Witkoff e Jared Kushner, chegaram ao Israel para início de uma série de visitas diplomáticas. O vice-presidente JD Vance conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma reunião que destacou os desafios de desarmar o Hamas e reconstruir a região.
O cessar-fogo, mediado pelo presidente Donald Trump, foi estabelecido em 10 de outubro após mais de dois anos de conflitos que começaram com um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Recentemente, houve acusações mútuas entre Israel e o Hamas por supostas violações do acordo, levando a um aumento da violência em Gaza.
Durante a coletiva de imprensa em Jerusalém, Vance enfatizou: “Desarmar o Hamas e reconstruir Gaza são tarefas difíceis. Não só queremos melhorar a vida dos moradores de Gaza, mas também garantir que o Hamas não represente mais uma ameaça a Israel.” O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, também deve visitar Israel na próxima sexta-feira (24).
Além disso, a visita de Vance coincidiu com uma declaração da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que afirmou que Israel tem a obrigação de garantir as necessidades básicas da população em Gaza. O presidente da Corte, Yuji Iwasawa, comentou que Israel não apresentou provas substanciais sobre suas acusações contra funcionários da UNRWA, a agência da ONU que presta assistência aos palestinos.
O vice-presidente expressou otimismo sobre a manutenção do cessar-fogo, mesmo diante dos conflitos recentes que resultaram na morte de dois soldados israelenses em Rafah. Um deslocado de Gaza, Imran Skeik, declarou: “A situação melhorou muito. Estamos começando a descansar, mas ainda há muitas questões a resolver.”
O plano de Trump para Gaza inclui a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos. Contudo, até agora, o Hamas se recusa a considerar o desarmamento. Vance também sugeriu a criação de uma força de segurança internacional para garantir a paz na região. Netanyahu reforçou que a criação de um governo civil em Gaza foi discutida, reconhecendo que a tarefa não será fácil, mas é possível.
Vance acredita que esse acordo pode abrir portas para novas alianças de Israel no Oriente Médio, afirmando: “Este acordo é fundamental para desbloquear os Acordos de Abraão.” A situação em Gaza continua a ser uma questão crítica, com a esperança de que esforços de reconstrução e desarmamento levem a um futuro mais estável para a região.
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