O prefeito de Anagé, Rogério Soares Bonfim (PSD), está enfrentando um grande desafio. Ele terá que devolver R$ 3,8 milhões aos cofres municipais após a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), anunciada nesta quarta-feira (22).
As irregularidades, apontadas pelo tribunal, ocorreram durante a gestão de Rogério entre 2021 e 2022, período em que ele foi eleito pela primeira vez. Ele se reelegeu em 2024. A conselheira Aline Peixoto, relatora do caso, não apenas determinou a devolução do valor, mas também enviou uma representação ao Ministério Público Estadual (MP-BA) para investigar possíveis atos de improbidade administrativa.
Além disso, Rogério foi multado em R$ 3 mil. O montante que ele deverá ressarcir é resultado de pagamentos feitos a várias empresas que excederam os valores contratuais, além de despesas sem comprovação de interesse público.
Entre os exemplos de irregularidades estão: R$ 3,06 milhões pagos à empresa FR Transporte, que superou o contrato original; R$ 314 mil destinados a escritórios de advocacia sem justificativa legal; e R$ 224 mil à One Consultoria Empresarial, também acima do limite previsto. Outros valores incluem R$ 140 mil referentes a uma nota fiscal não reconhecida e R$ 32,5 mil em diárias sem comprovação de deslocamento oficial.
A relatoria também indicou possíveis indícios de conluio entre empresas, como assessoria jurídica e locação de veículos, sem comprovação dos serviços prestados. Além disso, foram detectadas práticas de nepotismo, com nomeações de familiares do prefeito, incluindo esposa, filho e irmãs, sem a devida qualificação técnica para os cargo.
O prefeito tem a opção de recorrer da decisão. O que você acha dessa situação? Deixe sua opinião nos comentários.
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