O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, manifestou forte oposição às recentes discussões no Parlamento israelense sobre projetos de anexação da Cisjordânia ocupada. Essas declarações vieram logo após críticas similares do secretário de Estado americano, Marco Rubio, que está em viagem a Israel.
Nos últimos dias, o Parlamento israelense avaliou dois projetos que visam expandir a soberania de Israel na Cisjordânia, um território sob ocupação desde 1967. Para Washington, essas propostas são vistas como ameaças ao frágil cessar-fogo estabelecido na Faixa de Gaza, que tenta se consolidar após dois anos de conflitos intensos.
Vance reafirmou a posição do governo Trump, afirmando que a anexação da Cisjordânia não será aceita. “Se isso foi uma manobra política, foi uma manobra muito estúpida. Me sinto pessoalmente ofendido por isso,” disse ele ao finalizar sua visita a Israel.
Antes de sua viagem, Rubio declarou que os passos em direção à anexação poderiam prejudicar o acordo de paz em Gaza, que conta com o apoio do presidente Donald Trump. Ele planeja se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em busca de uma solução mais pacífica.
Recentemente, Trump havia afirmado que a anexação de terras palestinas está fora de questão. “Isso não vai acontecer, já tivemos o suficiente,” declarou o presidente.
Os projetos de anexação são impulsionados pela extrema direita israelense, uma parte fundamental da coalizão de Netanyahu. Funcionários de alto escalão de Washington estão atualmente em Israel para reforçar o cessar-fogo em Gaza, estabelecido em 10 de outubro, que já enfrenta riscos após confrontos recentes.
Após uma reunião com Netanyahu, Vance comentou sobre a complexidade dos próximos passos, que incluem desarmar o Hamas e reconstruir Gaza. Ele destacou que a tarefa é desafiadora e essencial para a segurança de Israel e o bem-estar da população de Gaza.
Atualmente, o Hamas rejeita considerar seu desarmamento, enquanto os combates continuam em Gaza. O ataque do Hamas em 7 de outubro resultou em 1.221 mortos do lado israelense, e a ofensiva de represália israelense causou cerca de 68.280 mortes em Gaza, segundo dados da AFP.
A situação humanitária em Gaza permanece crítica, e a ONU avalia que a ajuda recebida é insuficiente. Na última semana, a Suprema Corte israelense adiou sua decisão sobre a entrada de jornalistas estrangeiros no território, o que tem gerado decepção entre a imprensa internacional.
O cenário é complexo e volátil, e a busca por uma solução duradoura está mais necessária do que nunca. O que você pensa sobre a postura dos EUA e os recentes acontecimentos em Israel e Gaza? Deixe sua opinião nos comentários.
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