Após passar por uma cirurgia, Carla Daniel compartilhou detalhes da sua experiência e fez um alerta sobre a adenomiose. Em conversa exclusiva com a coluna Fábia Oliveira, a atriz falou sobre a dificuldade que enfrentou para descobrir a doença, que também afeta mulheres na menopausa.
“A cirurgia foi rápida e voltei para casa no mesmo dia. O efeito não é imediato, mas sigo com acompanhamento médico”, comentou.
O Diagnóstico Tardio
Carla lembrou da sua jornada para encontrar o diagnóstico correto: “Demorei a descobrir a doença porque passei por várias etapas, como tratamentos com pílulas de progesterona e reposição hormonal. Quando finalmente soube que tinha adenomiose, considerou-se a possibilidade de retirar o útero, mas essa não foi minha opção.”
Ela explicou: “Foi realizada uma ablação do adenoma. Existem diferentes formas de tratar a doença para melhorar a qualidade de vida da paciente.”
Alerta para Mulheres na Menopausa
Na entrevista, Carla deu um recado importante para outras mulheres: “É fundamental que busquem exames como ressonância e procurem especialistas. No meu caso, um médico cirurgião foi essencial. Trocar experiências é muito importante. Cada uma sente sua dor à sua maneira”, ressaltou.
Ela adicionou: “É um assunto que precisa ser falado. Com 60 anos, estou na menopausa há muitos anos e é importante alertar que mulheres nessa fase também podem ter a doença.”
No final, comentou sobre sua longa batalha com cólicas e sangramentos diários durante a menopausa: “Estive um ano e um mês lidando com isso e achei importante compartilhar, pois só quem passa sabe o que é.”
O que é Adenomiose
A adenomiose ocorre quando o endométrio, a camada interna do útero, cresce na camada muscular. A condição pode afetar entre 31% e 61% das mulheres, principalmente entre 40 e 50 anos, mas também pode atingir mulheres mais jovens que apresentam sintomas como sangramento uterino anormal e cólicas menstruais intensas.
O ginecologista André Vinícius explica que, na adenomiose, o tecido endometrial se infiltra no miométrio, a camada muscular do útero. Isso pode resultar em infertilidade, cólicas menstruais severas e aumento do fluxo menstrual.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética. Para quem sofre de cólicas intensas, existem opções de medicamentos para controle dos sintomas. Para mulheres com sangramentos regulares, uma abordagem hormonal pode ser a mais indicada.
O uso de dispositivos intrauterinos (DIU) com medicação hormonal também é uma opção. Além disso, manter um estilo de vida saudável, com atividade física regular e alimentação equilibrada, pode ajudar no tratamento.
Quando a Cirurgia é Necessária
Em alguns casos, se a doença apresenta focos específicos, é possível realizar uma cirurgia para remover apenas essas áreas, preservando o útero. Essa abordagem é ideal para pacientes que desejam engravidar.
A histerectomia, que envolve a remoção completa do útero, é um tratamento definitivo indicado para mulheres que não pretendem ter filhos e que não tiveram sucesso com outros tratamentos. Segundo Vinícius, remover a área afetada ajuda a evitar o desenvolvimento do tecido endometrial.
A história de Carla Daniel nos lembra da importância de discutir questões de saúde que afetam tantas mulheres. E você, já passou por algo semelhante ou tem dúvidas sobre o assunto? Compartilhe suas experiências ou perguntas nos comentários.

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