Igaratá, uma cidade com pouco mais de 10 mil habitantes e famosa por suas águas e represa, tornou-se um cenário não apenas de lazer, mas também de investigações que ligam influenciadores digitais ao crime organizado, principalmente ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Localizada no Vale do Paraíba, Igaratá vem atraindo celebridades e artistas de funk que gravam clipes e exibem suas mansões de frente para a represa. Esse novo perfil da cidade levanta questões sobre a presença de membros da facção criminosa.

Um dos pontos que gerou atenção foi a mansão de um homem delatado pelo corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, assassinado após expor a ligação entre o PCC e agentes públicos. Ademir Pereira de Andrade, mencionado na delação, possui uma propriedade à beira da represa de Igaratá e é considerado um operador financeiro do PCC.
Influenciadores e a Polícia
Recentemente, a Polícia Federal lançou a operação Narco Bet, visando um esquema de apostas, lavagem de dinheiro e tráfico internacional de drogas. Um dos alvos foi o influenciador digital Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, preso em uma mansão em Igaratá avaliada em quase R$ 20 milhões.
Igaratá, sendo um local de lazer próximo de São Paulo, tem atraído pessoas de perfis questionáveis, embora não tenha observado um aumento significativo nos índices criminais. A presença de mansões e imóveis luxuosos gerou desconfiança entre investigadores, que se perguntam se a cidade está sendo usada como refúgio ou para esconder operações financeiras ilícitas.
Outro influenciador, Chrys Dias, também possui uma residência em Igaratá e foi alvo de investigações por envolvimento em esquemas de jogos de azar. Sua casa se tornou um ponto turístico, famosa por uma cachoeira artificial e por ter o maior píer da América Latina.
O imóvel de Buzeira é conhecido como “Disney de Igaratá”, atraindo admiradores devido às suas opções de lazer e ostentação, enquanto a cidade é referida como a “cidade do funk” entre os fãs do gênero musical.
O Caso Gritzbach e suas Conexões
Gritzbach, que era delator do PCC, atuava no setor imobiliário e na lavagem de dinheiro. Ele foi assassinado em novembro do ano passado em uma emboscada atribuída à facção. Menos de uma semana após sua morte, uma mensagem sobre uma festa em Igaratá “comemorando” sua execução circulou entre membros do crime organizado.
Outra comemoração ocorreu no Rio de Janeiro, liderada por um indivíduo relacionado a Gritzbach, que foi acusado de facilitar sua morte.
E você, o que acha dessa ligação entre influenciadores e crime organizado? Deixe sua opinião nos comentários e participe da conversa.


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