Hamas entrega mais um corpo de refém a Israel, e famílias exigem devolução total antes de ampliar trégua em Gaza

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O Hamas entregou nesta segunda-feira (27) o corpo de mais um refém israelense, elevando para 16 o total de restos mortais devolvidos desde o início do acordo de cessar-fogo. A entrega foi realizada por meio da Cruz Vermelha, que repassou o caixão às forças israelenses presentes no território. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou que o corpo foi encaminhado para identificação, com o auxílio do exército e do serviço de segurança interna, o Shin Bet.

Esse retorno ocorre em um momento de pressão intensa das famílias dos reféns, que pedem a suspensão das próximas etapas do acordo até que todos os corpos sejam restituídos. O Fórum das Famílias de Reféns, principal organização que representa os parentes, ressaltou que o pacto previa a devolução de todos os sequestrados, vivos ou mortos, até 13 de outubro.

As famílias apelaram tanto ao governo israelense quanto à administração americana e aos mediadores. Elas enfatizaram que a próxima fase não deve avançar antes do cumprimento das obrigações por parte do Hamas. Essa etapa do plano mediado pelos Estados Unidos inclui o desarmamento do Hamas, a anistia ou o exílio de seus combatentes e a continuidade da retirada do exército israelense da Faixa de Gaza; questões que ainda estão sendo debatidas.

Desde o ataque em 7 de outubro de 2023, que resultou no sequestro de 251 pessoas e na morte de 1.221 israelenses, o Hamas liberou 20 reféns vivos e entregou os corpos de 16 dos 28 falecidos. O grupo argumenta que enfrenta dificuldades para localizar os corpos em meio às ruínas de um território devastado por dois anos de conflito. O governo israelense informou que a Cruz Vermelha, membros do Hamas e uma equipe egípcia estão atuando na busca pelos restos mortais, com a entrada de um comboio egípcio autorizada na Faixa de Gaza.

Imagens mostram escavadeiras e caminhões removendo escombros em Al Tuffah, na Cidade de Gaza. Khalil al Hayya, negociador do Hamas, comentou que parte das dificuldades se deve à alteração do relevo provocada pelos bombardeios, além da morte de pessoas que sabiam onde os corpos estavam enterrados. O Ministério da Saúde de Gaza, sob administração do Hamas, afirma que 68.527 palestinos morreram desde o início da ofensiva israelense, a maioria civis, números que são considerados confiáveis pela ONU.

O cenário permanece tenso e as negociações ainda estão em curso. O que você pensa sobre essa situação delicada? Deixe sua opinião nos comentários.

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