O lançamento do Fórum de Mulheres na Saúde ocorreu nesta terça-feira (28), em Brasília, com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e da ministra das Mulheres, Márcia Lopes. Essa iniciativa visa criar um espaço permanente para discutir e desenvolver políticas públicas que atendam às necessidades das mulheres por meio da participação social no Sistema Único de Saúde (SUS).
O objetivo principal é promover a saúde integral das mulheres. O governo federal reafirma seu compromisso com a equidade de gênero e a valorização da presença feminina no SUS. Alexandre Padilha enfatizou que as mulheres são a maioria entre as usuárias e profissionais do sistema, o que torna a saúde feminina uma prioridade.
“As mulheres utilizam o SUS para cuidar de si mesmas, além de acompanharem seus filhos e familiares. Na verdade, 75% dos profissionais de saúde no SUS são mulheres”, destacou Padilha.
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Márcia Lopes ressaltou a importância do fórum, que contará com a representação de diversos segmentos sociais. A ideia é colaborar na criação de políticas que realmente atendam às demandas das mulheres no Brasil.
“Temos grupos e movimentos em estados e municípios que conhecem a realidade local e conseguem apresentar respostas efetivas”, afirmou.
Apoiadoras
No evento, Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin, falou sobre a importância do diálogo para dar voz às mulheres. A ativista Luiza Brunet também esteve presente e definiu o fórum como um canal valioso de comunicação com autoridades e tomadores de decisão.
Ela mencionou que é fundamental educar os homens para apoiá-las, promovendo assim uma saúde mental e física mais robusta entre as mulheres. “Uma mulher cuidada é uma mulher que sofre menos violência”, afirmou.
A assistente social Elisandra Martins de Freitas, conhecida como MC Lis, pediu atenção à saúde mental e sugeriu que as sugestões de movimentos sociais devem ser consideradas no processo. “Não precisamos reinventar a roda, mas sim entender o que já existe e como isso pode ser agregado ao fórum”, disse.
Aline Sousa, representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, ressaltou que a maioria das trabalhadoras no setor são mulheres e a importância da reciclagem para a saúde pública.
Fórum de Mulheres na Saúde
Coordenado pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério das Mulheres, o Fórum terá caráter consultivo e propositivo.
Vários temas relacionados à saúde das mulheres serão discutidos, incluindo saúde sexual e reprodutiva, atenção ao parto e pós-parto, menopausa, saúde menstrual, violência de gênero, saúde mental e prevenção do câncer.
A primeira reunião está marcada para janeiro de 2026.
Saúde da mulher
Ana Luiza Caldas, secretária de Atenção Primária à Saúde, apresentou um conjunto de ações do governo federal para promover os direitos das mulheres e ampliar seu acesso à saúde.
Dentre as iniciativas, destaca-se o Programa Dignidade Menstrual, criado em 2024, que já beneficiou 3,7 milhões de mulheres e meninas com a distribuição de 392 milhões de absorventes higiênicos, totalizando um investimento superior a R$ 195 milhões.
Outras iniciativas incluem a Rede Alyne, que destina R$ 1,2 bilhão à atenção materna e infantil, e as Salas Lilás, criadas para acolher mulheres vítimas de violência.
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