Uma grande operação policial foi realizada nesta terça-feira (28) no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, resultando em pelo menos 60 mortes, de acordo com fontes de segurança. Essa ação, considerada uma das maiores da história do estado, envolveu polícias civil e militar e atingiu várias localidades dominadas pela facção.
A operação reacendeu o debate sobre a crescente violência no Rio e a falta de coordenação entre os governos estadual e federal. O governador Cláudio Castro afirmou que o estado não recebeu apoio da União, enquanto o Ministério da Justiça contra-argumentou, dizendo que o governo federal está agindo no combate ao crime organizado na região.
O jornalista Eliseu Caetano, que deixou o Brasil há mais de uma década devido à insegurança, comparou a situação a uma “guerra civil não declarada”. Ele criticou a normalização da violência: “Não pode ser normal sair de casa sem saber se vai voltar. O tráfico opera com o mesmo poder de fogo do Estado, isso não é aceitável”, pontuou.
Diego Tavares, especialista em segurança pública, destacou que o país vive um cenário de guerra urbana, com narcotraficantes utilizando drones e granadas. Para ele, o problema excede o Rio, uma vez que esses grupos controlam porções inteiras do território nacional: “O crime organizado atua como um poder paralelo”, afirmou.
Tavares também defendeu ações integradas de inteligência e uma pressão financeira sobre as facções, alertando que organizações como o PCC e o Comando Vermelho movimentam bilhões por atividades ilegais e legais. Ele criticou a proposta de centralizar o combate ao crime na União, considerando-a “ineficaz”: “Lei no papel não combate o tráfico. Precisamos de cooperação real entre estados e foco em resultados”, concluiu.
Diante desse cenário complexo, o que você pensa sobre a eficácia dessas operações e o impacto na segurança pública? Deixe sua opinião nos comentários.

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