A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, agendou para a próxima quinta-feira (30) o julgamento do pedido para a criação do partido Missão, fundado por membros do Movimento Brasil Livre (MBL). Se a maioria dos sete ministros do TSE votar a favor, o Missão se tornará o 30º partido com funcionamento autorizado no Brasil.
O relator do pedido é o ministro André Mendonça. Os ministros vão avaliar a posição do vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Barbosa, que confirmou que o Missão atendeu a todos os requisitos para a criação de um partido político, incluindo a coleta de mais de 500 mil assinaturas certificadas pela Justiça Eleitoral.
Barbosa destacou: “O requerente cumpriu a fase administrativa e atendeu as exigências necessárias para o registro do partido político”.
Segundo informações do site G1, o TSE já validou cerca de 590 mil assinaturas de apoio à formalização do partido, superando em 42.900 o mínimo exigido pela legislação eleitoral, que era de 547 mil apoios certificados.
Nos documentos apresentados ao TSE, o Missão indica que usará o número 14 nas urnas eletrônicas, o mesmo que foi utilizado por muitos anos pelo PTB. Caso a inscrição seja homologada, a nova legenda terá acesso a recursos do fundo eleitoral para financiar campanhas eleitorais em 2026.
O estatuto submetido ao TSE descreve a nova sigla como um partido de “caráter liberal”, além de defender um Estado “enxuto e funcional”. O documento também menciona a intenção de implementar uma reforma administrativa no Brasil.
O novo partido será presidido por Renan Ferreira dos Santos, um dos fundadores do MBL. Em entrevista ao Bahia Notícias, Renan afirmou que já estão sendo elaborados planos para lançar candidaturas em 2026, deixando claro que não pretendem apoiar nomes de outros partidos para a presidência no primeiro turno.
“Para lançar a candidatura de 2026, eu [Renan] e o Danilo Gentili estamos conversando, mas ainda nada certo. Zero chance de apoiar algum nome de fora”, comentou Renan.
O líder do MBL também ressaltou que um dos objetivos principais do partido é “ser conhecido no Brasil e apresentar uma proposta inovadora para o país”.
O Missão contará com o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), cofundador do MBL, que confirmou sua transferência para o novo partido na próxima janela partidária, prevista para sete meses antes das eleições de 2026.
“Irei me transferir já na próxima janela partidária e serei, com muito orgulho, o primeiro deputado federal do partido Missão, buscando a reeleição em 2026”, declarou Kataguiri.
O parlamentar observou que o Missão se posiciona como um partido “verdadeiramente de direita” e, por não dispor inicialmente de fundo eleitoral e tempo de televisão, pode enfrentar dificuldades para atrair deputados de outros partidos. “Vamos começar limitados nesses aspectos”, completou.
Em suas redes sociais, o Missão já apresentou algumas bandeiras que defenderá após sua oficialização, como: endurecimento das leis penais, eliminação de privilégios no funcionalismo público, industrialização do Nordeste, combate ao tráfico de drogas, responsabilidade fiscal, priorização da educação básica e combate à corrupção.
Agora que você leu sobre a possível oficialização do partido Missão, o que você pensa sobre essa nova sigla? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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