Na manhã desta terça-feira (28/10), a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, em conjunto com a Polícia Militar e o governo do estado, realizou uma coletiva para detalhar uma grande operação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da cidade. Mais de 2,5 mil agentes de segurança foram mobilizados para as ruas.
Até o momento, a operação resultou em 81 prisões e 22 mortes, sendo que 20 delas são de suspeitos e duas de policiais civis. O policial civil Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, conhecido como Mákara, foi um dos mortos. Ele chefiava a 53ª Delegacia de Polícia (Mesquita) e participava ativamente da operação, que tinha como objetivo conter o avanço do Comando Vermelho e prender líderes do tráfico.
O outro policial civil, Rodrigo Velloso Cabral, da 39ª DP (Pavuna), também perdeu a vida durante a ação.
Durante a coletiva, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, destacou que esta é a maior operação já realizada no estado. Ele ressaltou que o planejamento ocorreu para minimizar os riscos à população, realizando ações em áreas de mata, longe das localidades habitadas.
As autoridades informaram que, em resposta à operação, traficantes do CV usaram drones para lançar bombas contra os policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil.
A coletiva foi realizada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), onde as ações foram monitoradas em tempo real.
Prisão de líder
Enquanto a coletiva ocorria, o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, anunciou a prisão do traficante Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como “Belão do Quintugo”. Ele é considerado o braço direito de Edgard Alves de Andrade, o Doca, uma das principais lideranças do Comando Vermelho na região.
Comandando o Morro do Quitungo, Mendes é responsável por diversas atividades criminosas, incluindo tráfico de drogas e comércio de armas.
Na coletiva também participaram os secretários de Segurança Pública, Victor dos Santos, e da Polícia Militar, Marcelo de Menezes.
Ação de contenção
A operação foi desencadeada para cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes que atuam no Complexo da Penha, contando com o apoio das unidades especializadas da polícia. O Gaeco (MPRJ) denunciou 67 pessoas por associações ligadas ao tráfico e três homens por tortura.
Segundo o Ministério Público, o complexo de favelas se tornou uma das bases do Comando Vermelho devido à sua localização estratégica e foi alvo dessa ação para conter sua expansão, especialmente em áreas como Jacarepaguá.
Doca é apontado como a principal liderança do Comando Vermelho no Complexo da Penha, influenciando outras localidades da Zona Oeste, como Gardênia Azul e Césario Maia.
Além dele, outros líderes identificados na denúncia incluem Pedro Paulo Guedes, conhecido como Pedro Bala, Carlos Costa Neves, o Gadernal, e Washington Cesar Braga da Silva, o Grandão. Eles controlam a comercialização de drogas e as ordens sobre as operações criminosas.
Outros 15 homens foram denunciados por exercerem funções de gerência no tráfico, e a ação penal abrange diversos níveis da organização criminosa, desde a segurança armada até a contabilidade. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 42ª Vara Criminal da Capital.
Esta operação representa um esforço significativo das autoridades para combater o tráfico e a criminalidade na cidade. O que você acha dessas ações? Deixe sua opinião nos comentários.

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