Após cerca de 10 meses sem discussões, a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) voltou a ser cancelada devido à ausência de deputados. A reunião programada para esta quarta-feira, 29 de outubro, não aconteceu, e a situação foi lamentada pelo deputado Major Mecca (PL), presidente do colegiado. Ele expressou sua decepção ao Metrópoles.
Mecca acreditava que haveria um aumento na participação de deputados, especialmente após a repercussão da operação policial no Rio de Janeiro na terça-feira, 28 de outubro. A ação resultou em ao menos 121 mortes, incluindo quatro policiais, configurando-se como a operação mais letal da história do estado vizinho.
“Diante do que ocorreu, esperava que a comissão estivesse cheia, mas não foi o que aconteceu”, comentou Mecca, atribuindo a falta de comparecimento à oposição. No entanto, parlamentares do PSol e do PT defenderam que a responsabilidade pela presença no colegiado é da atual base governista. O deputado Reis (PT) destacou que “quem tem que dar quórum é o governo”.
A comissão é formada por 11 membros, sendo três da oposição. Na última reunião programada estavam presentes os deputados Danilo Balas (PL), Danilo Campetti (Republicanos), Guto Zacarias (União) e Conte Lopes (PL). Atualmente, há cerca de 120 itens na pauta da comissão, que se reuniu pela primeira vez no dia 15, após o longo período sem atividades.
Pautas de Segurança
- A pauta de segurança é alvo de críticas da esquerda na Alesp.
- A base do governo aguarda a proposta da revisão da Lei Orgânica da Polícia Civil, considerada uma das mais importantes a serem discutidas até o final do mandato do governador Tarcísio de Freitas.
- O Metrópoles revelou que o governo planeja intensificar a discussão sobre segurança, buscando dar destaque ao secretário Guilherme Derrite (PP), que pretende se candidatar ao Senado em 2026.
Reações à operação
A operação no Rio gerou diversas reações políticas. No dia seguinte, governadores de oposição ao governo federal, incluindo Tarcísio de Freitas (Republicanos), reuniram-se por videoconferência para discutir apoio ao Rio de Janeiro amid a crise de segurança provocada pela operação.
Além disso, o secretário Guilherme Derrite deverá se licenciar para retornar ao cargo de deputado federal, onde relatará um projeto que equipara facções criminosas a grupos terroristas. A expectativa é que o texto seja votado em até duas semanas.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), também se manifestou, dizendo que pretende acelerar a tramitação da PEC da Segurança Pública, enquanto o governo Lula está preparando um projeto de lei para combater facções criminosas.
O cenário atual envolve muitas discussões sobre segurança e a atuação dos deputados. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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