A operação realizada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (29) em Salvador tem suas raízes em São Paulo. A ação investiga um grupo suspeito de fraudar contratos de fornecimento de materiais editoriais para escolas da rede pública de ensino fundamental e médio, envolvendo uma deputada federal e um vereador.
Na capital baiana, os alvos da operação são Ticiano Degasperi, Bruno Degasperi e Neto Degasperi. As diligências aconteceram em condomínios de alto padrão, incluindo Horto Villaggio Panamby, no Horto Florestal; Phileto Sobrinho, no Corredor da Vitória; e Jardim Apipema.
Batizada de Legere, a operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão. Em São Paulo, um dos endereços alvo foi o gabinete da deputada federal Ely Santos (Republicanos) e do vereador Natinha (Republicanos).
As buscas também foram realizadas em uma imobiliária de propriedade da família de Natinha e de sua esposa, a vice-prefeita de Embu das Artes, Elisabete Alves Carvalho, conhecida como Dra. Bete.
Em 2018, o pai dos alvos da PF, Wilson José da Silva Filho, já havia sido investigado na Operação “Prato Feito”. Na ocasião, ele foi apontado como dono de uma distribuidora de livros didáticos e sócio de várias empresas do setor, como a BWN Comércio de Livros e Serviços Ltda., a Editora Casa de Letras Ltda. e a W H Comércio de Confecções Ltda.
Na Bahia, os filhos de Wilson são conhecidos como “gêmeos dos livros” e têm ligação com várias prefeituras na venda de livros. O objetivo da operação é desarticular um suposto esquema de desvio de recursos da União destinados à educação em municípios de São Paulo.
O desdobramento dessa operação levanta questões importantes sobre a integridade na gestão de recursos para a educação. Quais são suas opiniões sobre esse caso? Sinta-se à vontade para compartilhar seus pensamentos nos comentários.

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