O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, alertou nesta terça-feira (28) que o estado não consegue lidar com o crime organizado sozinho. Em uma entrevista à TV Globo, ele destacou que o governo já havia pedido apoio federal em operações passadas contra o Comando Vermelho, mas não obteve resposta positiva.
A operação do dia 28 resultou na morte de dois policiais e 18 criminosos, com 81 prisões. Santos descreveu a complexidade da situação nas favelas, afirmando que “são aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem”, onde criminosos utilizam drones para atacar policial e a população. Para ele, essa é a realidade de um “Estado de Guerra” presente no Rio de Janeiro.
Ele mencionou ainda que, com quase 1.900 favelas, a cidade é uma das mais populosas do país, mas enfrenta desafios imensos, com 600 fuzis já apreendidos em posse de criminosos. Santos enfatizou a necessidade de uma colaboração entre o estado, a prefeitura e a União, ressaltando que, juntos, podem fazer a diferença.
O governador Cláudio Castro também lamentou a falta de suporte das forças federais. Em coletiva, disse que a operação atual é maior que a realizada em 2010 e destacou que, até agora, não receberam apoio algum. Quando questionado sobre pedidos de apoio para a operação, ele mencionou que não fez novo pedido porque já foram negados três vezes. Castro afirmou que a recusa é a realidade atual e que não estão dispostos a ficar “chorando pelos cantos”.
O Ministério Público do Rio de Janeiro já denunciou 67 pessoas por associação ao tráfico e três por tortura, incluindo Edgar, conhecido como Doca, que é apontado como responsável pela expansão do Comando Vermelho.
A operação, com apoio do Ministério Público e de investigações anteriores, tem como objetivo capturar líderes criminosos e conter a expansão da facção. A Polícia Civil do Rio informou que a operação visa não apenas prender, mas também desmantelar a estrutura criminosa que abriga 26 localidades.
Com uma combinação de policiais do Comando de Operações Especiais, drones, helicópteros e veículos blindados, a operação está equipada com tecnologia avançada para aumentar a eficácia no combate ao crime.
Esse cenário levanta questões importantes sobre segurança e a necessidade de uma resposta integrada para enfrentar as realidades que os moradores enfrentam diariamente. O que você acha sobre a situação? Compartilhe suas opiniões nos comentários.

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