A Universidade de Sheffield, uma das mais renomadas do Reino Unido, introduziu um aviso de conteúdo na Bíblia, destacando que a obra contém “imagens gráficas de violência física e sexual”, incluindo a crucificação. A medida é direcionada aos alunos que estudam literatura inglesa.
Os estudantes estão sendo informados sobre os Evangelhos, especialmente, conforme noticiado pelo The Mail on Sunday. A universidade, reconhecida pelo Guia Universitário 2026 do The Guardian, explica que o alerta não visa tratar a Bíblia de forma diferente de outros textos ou silenciar discussões sobre ela.
Um porta-voz da instituição afirmou ao The Christian Post que a sinalização é uma prática comum para abordar conteúdos sensíveis. A ideia é preparar os alunos para que possam discutir esses temas abertamente. “O estudo acadêmico exige um nível de detalhamento que pode expor material mais intenso do que o entendimento habitual dos alunos”, acrescentou.
Entretanto, essa iniciativa gerou críticas de alguns defensores da fé. Andrea Williams, diretora executiva da organização Christian Concern, considera o aviso insensato. Ela argumenta que enfatizar que a crucificação envolve “violência sexual” é uma interpretação errônea. Para ela, o relato é uma representação de amor e redenção, não de trauma.
Mark Lambert, um podcaster católico romano, classificou o aviso como uma forma de censura disfarçada de sensibilidade. Segundo ele, essa atitude reflete uma cultura que busca censurar a Bíblia, um livro fundamental para nossa civilização.
Nos últimos anos, a literatura clássica também gerou preocupações no Reino Unido. O governo já classificou obras de autores renomados como potenciais gatilhos para extremismo, listando figuras como C.S. Lewis e J.R.R. Tolkien entre os autores citados.
A diminuição do número de cristãos no Reino Unido acompanha essa tendência. Dados do censo de 2021 revelaram que menos da metade da população se identifica como cristã, um marco inédito desde 1801. Apenas 46,2% da população, ou 27,5 milhões de pessoas, se declarou cristã, uma redução significativa comparada aos 59,3% de 2011.
Esse tema suscita muito debate sobre a liberdade acadêmica e a maneira como abordamos obras que moldaram nossa cultura. E você, o que pensa sobre essa nova abordagem da Universidade de Sheffield? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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