Na última terça-feira, 28 de outubro, um bombardeio em Gaza matou ao menos 17 membros da família Abu Dalal, entre eles oito crianças. As vítimas estavam em suas casas no campo de refugiados de Nuseirat, quando os ataques recomeçaram após a interrupção do cessar-fogo entre Israel e o Hamas – a segunda quebra desde 10 de outubro.
A ofensiva israelense durou mais de 16 horas, resultando em 104 mortes, segundo relatos do Hospital Al Awda. Os alvos da ação parecem ter sido associadas a Yahya Abu Dalal, um suposto subcomandante da Jihad Islâmica, identificado pelas Forças de Defesa de Israel. Contudo, o ataque também levou à morte de Ameen Abu Dalal, funcionário de uma ONG que ajuda famílias deslocadas, e de seus irmãos e filhos, muitos deles ainda crianças.
A ONG Projeto Sameer lamentou a tragédia em suas redes sociais, destacando que a família estava dormindo quando o ataque ocorreu. Eles não tiveram chance de escapar. Um funcionário do Ministério da Saúde de Gaza indicou que a ausência do nome de uma das crianças nos registros hospitalares sugere que seu corpo pode estar entre os escombros.
Além de Ameen e de seus filhos, outros membros da família, incluindo irmãos de Ameen, também foram mortos. Os ataques se intensificaram após palestinos armados dispararem contra uma unidade israelense em Rafah, resultando na morte de um reservista de 37 anos, embora o Hamas tenha negado qualquer envolvimento.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 76% das vítimas dos bombardeios são civis. Antes da retomada do cessar-fogo na quarta-feira, 29, pelo horário local, 46 crianças e 20 mulheres estavam entre os mortos contabilizados.
Vídeos mostraram os corpos da família Abu Dalal sendo transportados em um reboque enquanto uma multidão de moradores os acompanhava em uma espécie de cortejo fúnebre, entoando louvores.
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