Uma nova denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, indica que ele manteve a liderança de um grupo criminoso mesmo após a operação El Patrón da Polícia Federal. As investigações revelam atividades relacionadas à lavagem de dinheiro, exploração clandestina de jogos de azar, agiotagem, extorsão e embaraço a investigações.
O MP-BA afirma que a estrutura hierárquica da organização é sólida e que os atos ilícitos foram realizados com a autorização expressa de Binho Galinha. Conversas encontradas no celular de Jorge Vinícius de Souza Santana, apelidado de “Piano”, confirmam que ele atuava como operador financeiro do grupo. Nelas, Piano confirmava o recebimento e a divisão de valores com Binho e sua esposa, Mayana Cerqueira.
Um exemplo claro do fluxo de dinheiro vem de uma conversa em que Piano relata um depósito de R$ 160 mil, dos quais R$ 155.230 foram destinados a Binho, enquanto ele ficou com apenas R$ 4.770. Além disso, após o bloqueio das contas de Mayana e do filho João Guilherme, Cristiano de Oliveira Machado assumiu a tarefa de receber os valores ilícitos e gerenciar os ativos financeiros da organização.
Cristiano, considerado um “laranja”, tinha a função de atuar em nome de Mayana na gestão do dinheiro bloqueado. Com a divulgação da operação El Patrón e a prisão de vários membros do grupo, ele passou a fazer cobranças dos lucros obtidos com apostas ilegais, mostrando que as atividades criminosas continuavam sob a supervisão de Binho.
Além disso, durante uma operação de busca em junho de 2024, a Polícia Federal encontrou um veículo de luxo na casa de Binho. O carro, oficialmente em nome de outra pessoa, continha pertences que comprovaram a ligação direta ao deputado e a João Guilherme. Essa prática de ocultação de bens por parte de Binho e sua família é uma tática recorrente da organização.
Mesmo após ser presa e posteriormente colocada em prisão domiciliar por ser mãe de uma criança de colo, Mayana continuou a agir nos negócios da organização. Ela mantinha atividades na loja TendTudo, desrespeitando uma ordem judicial que suspendia suas operações econômicas. Usando uma rede de colaboradores, Mayana tentava garantir o fluxo financeiro da organização, caracterizando novas situações de lavagem de dinheiro.
Esse panorama pode levantar muitas questões sobre a continuidade de operações ilícitas mesmo diante de intervenções legais. O que você pensa sobre esse caso? Comente abaixo e compartilhe sua opinião.



 
                                    
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