Uma grande operação policial no Complexo do Alemão e na Penha, no Rio de Janeiro, suscitou um intenso debate sobre a política de segurança pública do estado. Apesar do número elevado de vítimas, uma pesquisa do Instituto Atlas Intel revelou que aproximadamente 87% dos moradores das favelas cariocas apoiam a ação policial.
Com uma investigação no horizonte, o Ministro Alexandre de Moraes deve visitar o Rio na próxima semana para interrogar o governador Cláudio Castro e outros envolvidos. Nesse cenário, Castro recebeu apoio de sete governadores de direita, que se reuniram para formar o chamado “Consórcio da Paz”. Contudo, críticos avaliam que essa iniciativa poderia ser um “consórcio da morte”, validando o uso de “qualquer meio” para combater o crime organizado, mesmo que isso contrarie as leis.
O principal foco dessa articulação política é a tentativa de equiparar o crime organizado ao terrorismo. Governadores como Cláudio Castro e Tarcísio de Freitas, de São Paulo, têm defendido o uso do termo “narcoterrorismo”.
O jurista Walter Maierovitch fez uma distinção clara entre os dois tipos de crime. Ele explica que:
– O Crime Organizado de Matriz Mafiosa, como o PCC e o Comando Vermelho, tem como ideologia o lucro, sem viés político ou ideológico.
– O Terrorismo é caracterizado pela violência política e ideológica, como exemplificado pela Al-Qaeda.
Segundo Maierovitch, no Brasil, o tráfico está centrado na busca pelo lucro, com chefes do crime financiando campanhas políticas.
O uso do termo “narcoterrorismo” é considerado uma estratégia para alinhar-se ao discurso de líderes de direita, visando a rápida aprovação de um projeto na Câmara que equipara crime organizado ao terrorismo.
Entenda mais sobre essa situação assistindo ao vídeo abaixo:
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