O avanço da inteligência artificial está mudando a forma como as empresas oferecem planos de assinatura, o que pode impactar o bolso dos consumidores. Com gigantes como Microsoft, Google e Adobe investindo bilhões, os preços dos serviços estão aumentando, trazendo novas taxas aos usuários.
À medida que as empresas buscam cobrir seus altos custos com tecnologia, as funcionalidades de IA estão se tornando padrão em pacotes pagos, muitas vezes sem a opção de excluí-las. O cenário está se transformando, e os consumidores podem ter que se adaptar.
Um exemplo é o lançamento do Microsoft 365 Premium, que agora custa US$ 19,99 mensais e inclui o Copilot Pro, anteriormente oferecido separadamente. O Google fez algo semelhante ao integrar seu assistente Gemini nos planos do Workspace, resultando em aumentos de até 33%. A Adobe também não ficou para trás, aumentando o preço do Creative Cloud para incluir mais recursos de IA generativa, acrescentando US$ 10 por mês.
Especialistas explicam que esse modelo é uma estratégia de monetização. Fred Hicks, da Universidade Adelphi, comenta que os custos operacionais dos data centers são tão altos que as empresas precisam repassar parte disso aos usuários.

IA embutida — e difícil de evitar
- Microsoft 365 Premium por US$ 19,99 mensais, incluindo Copilot Pro.
- Google lançou o assistente Gemini no Workspace com reajustes de até 33%.
- Adobe aumentou o Creative Cloud, agora a versão Pro, acrescentando US$ 10 mensais.
A psicologia das assinaturas também influencia nas decisões dos consumidores. Elizabeth Parkins, professora da Roanoke College, aponta que o rótulo de IA cria um viés de valor percebido. Os consumidores tendem a associar portas com inteligência a algo mais útil, mesmo que a mudança prática seja mínima.
Chris Sorensen, executivo, alerta para a quantidade excessiva de assinaturas que as pessoas acumulam. Ele ressalta que muitos pagam por recursos que nem sequer pediram.
Para o futuro, a expectativa é que modelos de cobrança por uso se tornem mais comuns, permitindo que os usuários paguem apenas pelo que realmente utilizam. No entanto, por ora, as empresas estão se movendo na direção oposta, oferecendo serviços de software como uma assinatura contínua.

A realidade é que, mesmo com poucas mudanças na prática, as assinaturas de IA convencem os usuários de que estão investindo em um serviço muito superior. O que nos resta é acompanhar essa evolução e discutir como lidaremos com esses novos modelos de cobrança. O que você acha sobre isso? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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