Na noite do último sábado, o Cairo testemunhou a inauguração oficial do Grande Museu Egípcio (GEM). O evento, recheado de luzes a laser, apresentações de uma orquestra sinfônica, balé e um espetáculo de fogos de artifício, celebrou a abertura do maior museu do mundo dedicado a uma única civilização. Durante a cerimônia, o presidente egípcio, Abdel Fatah Al Sisi, anunciou que o GEM representa um novo capítulo na história do Egito.
Erguido em uma área de 500.000 metros quadrados, o GEM demandou um investimento de mais de um bilhão de dólares, contando com a colaboração técnica e financeira do Japão. A construção começou há cerca de 20 anos, mas enfrentou diversos desafios, incluindo instabilidades políticas após a Revolução de 2011. Nos últimos oito anos, o Egito conseguiu superar esses obstáculos e finalizar a obra, que é um marco global na arqueologia e cultura.
O GEM abriga mais de 100.000 artefatos arqueológicos, reunindo a maior coleção do mundo dedicada a uma única civilização e abrangendo 5.000 anos de história egípcia. Entre as atrações, destaca-se o tesouro de Tutancâmon, com cerca de 5.000 peças funerárias expostas pela primeira vez em um único local. A estatuária monumental de Ramsés II, que governou por 66 anos, será um dos principais pontos de interesse no atrio central do museu.
Além de sua vasta coleção, o GEM oferece uma experiência interativa moderna para os visitantes, com galerias imersivas e exposições de realidade virtual. Um laboratório de conservação estará aberto ao público, permitindo que os visitantes acompanhem o restauro de artefatos, como uma barca solar de 4.500 anos encontrada próxima à pirâmide de Quéops.
A inauguração do GEM é vista como um passo importante para o renascimento do turismo no Egito, que sofreu impactos severe após as revoltas de 2011. Nos primeiros nove meses de 2025, o país recebeu 15 milhões de turistas, gerando cerca de 12,5 bilhões de dólares em receitas, um crescimento de 21% em comparação ao ano anterior. Com a intenção de atrair até 15.000 visitantes diários, o governo egípcio espera um aumento significativo no fluxo turístico, com foco no GEM como a principal atração.
O ministro do Turismo, Sherif Fathi, ressaltou que o museu se tornará um centro de referência para a egiptologia, mirando na realização de conferências internacionais sobre o tema. O governo também está desenvolvendo um plano de infraestrutura para o nordeste do Cairo, com a construção de novos hotéis, restaurantes e centros comerciais, especialmente na área ao redor das pirâmides de Saqqara e do novo Aeroporto Internacional Esfinge.
Com a inauguração do GEM, o Egito reafirma sua posição como um destacado destino turístico global e um centro de pesquisa histórica, abrindo assim um novo capítulo para o turismo cultural no país. O que você acha dessa nova atração? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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