O Irã anunciou no último domingo, 2 de novembro, que irá reconstruir suas instalações nucleares destruídas pelos bombardeios de Estados Unidos e Israel durante a guerra de 12 dias em junho. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que o país promete uma reconstrução “com maior capacidade”, enquanto reafirmou que não busca desenvolver armas nucleares. Ele destacou que a ciência está nas mãos dos cientistas iranianos e que a destruição não irá comprometer suas ambições nucleares pacíficas.
Pezeshkian também ressalvou que o programa nuclear do Irã é exclusivamente civil, fundamentando-se em um decreto religioso do líder supremo, Ali Khamenei, que declarou as armas nucleares como “haram” (proibidas). Segundo ele, o foco das atividades nucleares é resolver problemas da população e questões civis, desmentindo as alegações de nações ocidentais e de Israel.
Durante uma entrevista à Al Jazeera no sábado, 1º de novembro, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que o país está aberto a negociações para dissipar preocupações sobre seu programa nuclear, embora tenha rejeitado a ideia de diálogos diretos com os Estados Unidos. Ele considerou inaceitáveis as condições impostas pelos EUA, que incluem a proibição do enriquecimento de urânio e a restrição do programa de mísseis do Irã. Araghchi insistiu que “nunca” negociará sobre o programa de mísseis do país.
A recente escalada de tensões ocorreu após Israel lançar ataques contra alvos militares e nucleares no Irã, resultando em mais de mil mortes, enquanto Teerã revidou com mísseis e drones, causando cerca de 30 fatalidades em Israel. Em resposta às ações dos EUA e a Israel, Araghchi afirmou que “o que não foi conseguido com a guerra não poderá ser alcançado pela política”.
A situação continua tensa, e as negociações nucleares iniciadas em abril, mediadas por Omã, estão estagnadas desde o conflito.
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