Dengue: vacina do Butantan deve ser aprovada pela Anvisa até dezembro

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Na última segunda-feira, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que a vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan deve ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o final de dezembro. A expectativa é que o imunizante esteja disponível para a população em 2026, após o termino do processo de registro.

Segundo Padilha, a Anvisa está na fase final de avaliação dos estudos referentes à qualidade, segurança e eficácia da vacina. A fabricação em larga escala será realizada em parceria com a farmacêutica chinesa WuXi Biologics, com uma previsão inicial de produzir 40 milhões de doses no próximo ano.


Dengue: Informações Importantes

  • A dengue está entre as arboviroses, doenças causadas por vírus transmitidos por insetos, como o mosquito Aedes aegypti.
  • No Brasil, a forma feminina do A. aegypti é o principal transmissor. Os vírus da dengue (DENV) pertencem à família Flaviviridae e ao gênero Orthoflavivirus.
  • Quatro sorotipos do vírus são conhecidos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, cada um com características genéticas diferentes.
  • A dengue é uma doença febril aguda que pode evoluir rapidamente e se tornar grave. Embora a maioria dos casos resulte em recuperação, algumas infecções podem ser fatais.

A vacina é destinada a pessoas de 2 a 59 anos e deverá integrar o calendário nacional de imunização a partir de 2026. Atualmente, o Brasil já administra outra vacina contra a dengue para adolescentes de 10 a 14 anos, disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2024.

Campanha e Situação Epidemiológica

O anúncio da vacina ocorreu durante o lançamento de uma campanha nacional para combater arboviroses, incluindo dengue, zika e chikungunya. Apesar de uma queda de 75% nos casos em 2025 em comparação ao ano anterior, o Ministério da Saúde alerta que o país ainda está em situação de atenção.

Atualmente, são registrados 1,6 milhão de casos prováveis de dengue no Brasil, com 1,6 mil mortes. O estado de São Paulo concentra mais da metade das notificações e 64% dos óbitos. O ministro Padilha ressaltou a gravidade do cenário, afirmando que não se pode aceitar a morte de mais de mil pessoas anualmente.

Novas Tecnologias e Ações de Prevenção

O governo anunciou um investimento de R$ 183,5 milhões para ampliar o uso de tecnologias no controle do mosquito Aedes aegypti. Uma das principais iniciativas é o método Wolbachia, que utiliza mosquitos infectados por uma bactéria que impede a transmissão do vírus.

Essa técnica está em uso em 12 localidades e será expandida para 70 cidades até 2026. Niterói, no Rio de Janeiro, foi a primeira cidade a alcançar 100% de cobertura do método, com uma redução de 89% nos casos de dengue e 60% nos da chikungunya.

O governo também planeja implementar estações que disseminarão larvicidas, além de técnicas de controle reprodutivo do mosquito. Essas medidas fazem parte da mobilização para o Dia D da Dengue, marcado para o próximo sábado, com a campanha “Contra o mosquito, todos do mesmo lado”.

Com o apoio da WuXi Biologics, o Butantan poderá produzir a vacina em larga escala. A Anvisa já certificou as instalações da fábrica na China e espera-se que o registro seja consolidado ainda este ano.

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