Os EUA adicionaram a Nigéria à lista de países de “preocupação particular” devido a violações da liberdade religiosa, destacando a crescente violência contra cristãos. A medida foi anunciada pelo presidente Donald Trump na sexta-feira, e no dia seguinte, ele mencionou a possibilidade de uma intervenção militar caso o governo nigeriano não proteja sua população cristã.
Essa decisão evidencia a gravidade da crise de perseguição religiosa no país, já apontada por diversas organizações de direitos humanos e líderes religiosos. Um pastor nigeriano, em um vídeo que se tornou viral, fez um apelo desesperado por ajuda durante o enterro de cristãos mortos em ataques islâmicos.
Mark Walker, indicado por Trump para o cargo de embaixador para a Liberdade Religiosa Internacional, enfatizou a necessidade de pressionar o governo nigeriano a agir. Ele relatou uma média alarmante de 4.000 a 8.000 cristãos mortos anualmente, resultado de ataques de grupos como ISWAP e milícias islâmicas. Walker já colabora com redes de igrejas na África, buscando garantir a segurança de missionários e fiéis.
Em uma postagem nas redes sociais, Trump fez um alerta ao governo nigeriano, afirmando que o cristianismo enfrenta “uma ameaça existencial”. Ele salientou que milhares de cristãos estão sendo assassinados e exigiu ação diante do massacre promovido por radicais islâmicos.
A inclusão da Nigéria na lista de preocupações pode resultar em sanções diplomáticas e restrições econômicas se não houver mudanças significativas. Trump também anunciou a suspensão da ajuda e assistência dos EUA ao país, o mais populoso da África, além de ser o maior produtor de petróleo do continente.
O presidente instruiu membros do Congresso a investigar a situação e apresentou uma mensagem clara: os EUA não podem permanecer inertes enquanto atrocidades ocorrem em países como a Nigéria. Ele pediu ao Departamento de Defesa para se preparar para uma eventual ação militar rápida, reiterando que, se houver ataque, será “rápido, cruel e implacável”.
A crescente violência sectária na Nigéria vem sendo denunciada por anos, resultando em milhares de mortes e deslocamentos forçados. Em 2024, mais de 4.000 cristãos foram mortos e mais de 2.000 igrejas atacadas. Grupos extremistas como Boko Haram continuam a provocar terror em diversas regiões.
A resposta do governo nigeriano foi desmentir as alegações e reafirmar que não permitirá intervenções externas, caracterizando-as como violações da soberania nacional. Embora afirmem estar adotando medidas para conter a violência, a administração criticou a narrativa que considera exagerada em relação à perseguição religiosa.
Qual é a sua opinião sobre a situação na Nigéria? Você acredita que a comunidade internacional deve agir com mais firmeza diante dessa crise? Compartilhe sua visão nos comentários.

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