Equipe de metalurgia do CV projetava e fabricava peças de fuzis em SP

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Uma operação da Polícia Federal (PF) em 21 de agosto desmantelou uma estrutura clandestina em Santa Bárbara d’Oeste, São Paulo. A operação resultou na prisão de Anderson Custódio Gomes e Janderson Aparecido Ribeiro de Azevedo, acusados de fabricação de peças de fuzis disfarçadas sob a fachada da empresa Kondor Fly Parts, que deveria fabricar componentes aeronáuticos.

De acordo com o inquérito policial obtido, Gabriel Carvalho Belchior, proprietário da empresa, é um dos principais suspeitos. Atualmente foragido, acredita-se que ele esteja na Flórida, EUA. A operação revelou que a quadrilha operava à noite e utilizava máquinas de controle numérico computadorizado (CNC) e centros de usinagem de alta precisão, normalmente associados a indústrias de aviação e metalurgia.

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Investigações começaram após a PF notar a movimentação irregular de Janderson e Anderson, que transportavam caixas pesadas para um imóvel em Americana, próximo a Santa Bárbara. O local servia como depósito e montagem final das armas. A PF encontrou lá 35 conjuntos de peças de fuzis AR-15, além de silenciadores e diversas caixas com componentes metálicos.

Estrutura Oculta

A investigação indica que Belchior cedeu a infraestrutura da empresa para fabricação de armas de forma ilegal, enquanto Wendel dos Santos Bastos cuidava da logística e aquisição de insumos. Informações revelam que a quadrilha pagava R$ 69 mil mensais pelo uso da fábrica. Wendel permanece em liberdade até o momento.

Comércio Ilegal

A quadrilha comercializava os armamentos por preços que variavam entre R$ 8 mil e R$ 15 mil, gerando um faturamento considerável mensalmente. Entre os compradores estavam intermediários de estados como Rio de Janeiro, Bahia e Ceará, além de grupos como o Comando Vermelho e, possivelmente, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O delegado Jeferson Dessotti Cavalcante Di Schiavi, responsável pela operação, atuou com apoio do 10º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep). A PF continua a investigar as conexões da fábrica com facções do Rio de Janeiro, que podem estar envolvidas na recepção e negociação das armas.

Principais Envolvidos

  • Gabriel Carvalho Belchior — Proprietário da Kondor Fly. Acusado de ceder a estrutura para fabricação ilegal de armas. Está foragido.
  • Anderson Custódio Gomes — Programador CNC que coordenava a usinagem.
  • Janderson Aparecido Ribeiro de Azevedo — Operador de máquinas responsável pela produção e transporte das peças.
  • Wendel dos Santos Bastos — Responsável por logística e aquisição de insumos, recebia R$ 69 mil mensais pelo arrendamento da fábrica.
  • “Milque” — Gerente da Kondor Fly, citado como supervisor das atividades noturnas e sob investigação.

Os desdobramentos dessa ação chamam a atenção para o comércio ilegal de armas e seu impacto nas localidades envolvidas. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários.

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