O corpo de Lô Borges, ícone do Clube da Esquina, foi velado na manhã desta terça-feira no Palácio das Artes, em Belo Horizonte. O artista faleceu após passar 18 dias internado, tratando uma intoxicação medicamentosa. Amigos, familiares e admiradores prestaram suas últimas homenagens ao músico, considerado um dos mais influentes da música brasileira.
O relato de Yé Borges
Entre os presentes estava Yé Borges, irmão de Lô, que relembrou os últimos dias do artista. Ele enfatizou que Lô estava em um momento criativo intenso, planejando diversos projetos profissionais. Segundo Yé, o músico pretendia lançar quatro discos e tinha compromissos marcados até o fim do ano.
“Foram dias muito difíceis. Ele estava surpreso e não esperava a situação em que se encontrava. A agenda dele estava lotada até o dia 31! Com tantos sonhos pela frente, faria um show com Zeca Baleiro. Mas deve estar compondo onde ele está agora”, comentou Yé.
“Muito doloroso”
Yé destacou o vínculo próximo que tinha com Lô e a dificuldade da família em lidar com a perda repentina. “Eu sou o irmão que conviveu mais tempo com o Lô; a gente dividiu até a cama! A família está muito sensibilizada, foi algo muito repentino. O Lô compunha compulsivamente. Está sendo muito doloroso, mas observar a repercussão da partida dele nos conforta”, disse.
O irmão também frisou a importância de Lô não só como artista, mas como parte essencial da convivência familiar. “O Brasil perdeu um de seus maiores compositores, mas eu perdi um irmão. A pessoa que estava sempre de bom humor e jogava futebol com a gente. Tom Jobim já dizia que ele era genial, e isso não vem só da família”, afirmou Yé.
A perda de Lô Borges deixou um vazio tanto na música quanto na vida de quem estava próximo a ele. O que você acha sobre o legado que ele deixou? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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