Na última terça-feira, o Dicastério para a Doutrina da Fé divulgou a Nota Doutrinal “Mater Populi Fidelis” (A Mãe do Povo Fiel), aprovada pelo Papa Leão XIV. O documento esclarece os títulos associados à Virgem Maria e reforça a primazia de Cristo na salvação.
O texto reconhece títulos como “Mãe dos Fiéis”, “Mãe Espiritual” e “Mãe dos Crentes”, que refletem a maternidade espiritual de Maria. No entanto, a utilização do termo “Corredentora” é rejeitada. O comunicado ressalta que essa expressão pode causar confusão, criando a impressão de que Maria teria um papel igual ao de Cristo na redenção.
A Nota enfatiza que Jesus Cristo é o único Mediador e Salvador, enquanto Maria tem um papel de cooperação, mas sempre subordinado. O termo “Mediadora” pode ser aceito, desde que utilizado em um sentido restrito, relacionado à intercessão, mas nunca como uma fonte independente de graça.
Expressões como “Mediadora de todas as graças” são consideradas problemáticas teologicamente se entendidas de forma absoluta. “A declaração bíblica sobre a mediação exclusiva de Cristo é clara. Cristo é o único mediador”, afirmam os documentos.
Além disso, a decisão busca prevenir mal-entendidos na catequese e na devoção popular, além de facilitar o diálogo ecumênico com outras tradições cristãs que rejeitam títulos como “Corredentora”. O documento destaca que o Concílio Vaticano II e papas anteriores já evitaram definir esse título como dogma.
Assinada pelo cardeal Víctor Manuel Fernández, prefeito do dicastério, e Monsenhor Armando Matteo, secretário da Seção Doutrinária, a Nota Doutrinal foi aprovada pelo Papa em 7 de outubro.
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