Nesta quarta-feira (5), o fechamento do governo dos Estados Unidos atinge 36 dias, estabelecendo um novo recorde. A marca anterior, de 2019, ocorreu durante o primeiro mandato de Donald Trump. Essa paralisação é resultado da falta de acordo entre os republicanos, que detêm a presidência, e os democratas sobre o orçamento nacional.
Nos últimos seis semanas, cerca de 1,4 milhão de funcionários públicos não receberam salários. Aqueles em funções essenciais, como controladores de tráfego aéreo e forças de segurança, foram obrigados a trabalhar sem pagamento.
A situação se agrava nos aeroportos, onde o secretário de Transporte, Sean Duffy, alertou que pode ser necessário fechar parcialmente o espaço aéreo devido à falta de pessoal. Ele insiste que, se a paralisação continuar por mais uma semana, haverá caos e grandes atrasos em voos.
Além disso, programas de assistência social estão sendo impactados. Trump afirmou que a ajuda alimentar, essencial para milhões, será disponibilizada apenas após a reabertura do governo. No entanto, o governo indicou que benefícios parciais poderiam ser oferecidos. A Justiça Federal ordenou a continuidade desses benefícios, mas a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou que os beneficiários devem estar cientes de que os pagamentos podem demorar devido à situação atual.
O presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, reconheceu que a extensão da paralisação superou as expectativas de todos. Desde 1º de outubro, o governo está parcialmente fechado, pois o Congresso não conseguiu aprovar um projeto de lei que financie as agências federais para o novo ano fiscal.
Com uma maioria muito apertada nas duas câmaras, os republicanos esperavam que cinco senadores democratas apoiassem sua proposta para manter o financiamento até o final de novembro. Contudo, os democratas se mantêm unidos, exigindo que a reforma sanitária em discussão seja interrompida e reavaliada desde o início.
Apesar da aparente falta de interesse em um compromisso por parte dos líderes, houve alguns sinais de negociação. Um grupo bipartidário de moderados apresentou uma proposta para reduzir custos de seguro de saúde. Os democratas acreditam que a alta dos preços pressionará os republicanos a buscar um acordo. No entanto, Trump permanece intransigente, rejeitando a ideia de negociar.
O presidente pediu aos republicanos que eliminem a barreira mínima de 60 votos no Senado, um procedimento estabelecido pelos democratas em 2013. Se a mudança ocorrer, isso pode levar a novos desafios legislativos no futuro.
Se você está acompanhando essa situação complexa, como acredita que os próximos passos devem ser dados? Fique à vontade para compartilhar sua opinião nos comentários.
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