Líderes empresariais do Mercosul defendem união entre países

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Nesta quinta-feira, representantes do setor privado do Mercosul se reuniram no Rio de Janeiro para discutir as expectativas empresariais em meio às mudanças no comércio internacional. O encontro faz parte da V Conferência Internacional de Comércio e Serviços do Mercosul (CI25), promovida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Um dos pontos alto do evento foi a confirmação da data para a assinatura do acordo de livre comércio entre o bloco sul-americano e a União Europeia, marcada para 20 de dezembro deste ano. Essa informação foi divulgada após uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, expressou otimismo sobre a assinatura do acordo durante a Cúpula do Mercosul.

Vieira comentou que a reunião foi produtiva e abordou não apenas questões climáticas da COP, mas também a relevância do acordo Mercosul-UE. Ele reafirmou a esperança de que o acordo seja finalizado no dia 20 de dezembro.

No painel sobre as expectativas do setor privado, participaram presidentes das Câmaras de Comércio do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia. O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, trouxe à tona a arbitragem das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Ele enfatizou a importância de diversificar mercados e estabelecer um ambiente de segurança jurídica.

Tadros também sugeriu que as próximas reuniões do Mercosul sejam realizadas em outros países do bloco, além do Brasil e da Argentina, como Uruguai e Paraguai. Essa mudança ajudaria a criar consciência e compromisso entre os integrantes.

Argentina

O presidente da Câmara Argentina de Comércio e Serviços, Natalio Grinman, destacou o potencial do Mercosul, citando que o bloco abrange 13 milhões de quilômetros quadrados e 275 milhões de habitantes, representando mais de 82% do PIB da América do Sul.

Eduardo Olivo Gamarra, da Câmara Nacional de Comércio da Bolívia, celebrou a recente eleição do novo presidente da Bolívia, Rodrigo Paz. Para ele, o país está entrando em uma nova fase após duas décadas de proteção econômica e deve se integrar ao Corredor Bioceânico, se tornando chave na distribuição de produtos no Mercosul.

Chile

O presidente da Câmara Nacional de Comércio e Serviços do Chile, José Pakomio Torres, ressaltou a necessidade de melhorias no Mercosul, enfatizando que essa união pode beneficiar social e economicamente todos os países envolvidos.

Paraguai

Ricardo dos Santos, presidente da Câmara Nacional de Comércio e Serviços do Paraguai, reforçou a importância da integração com os países vizinhos. Ele mencionou a dependência do Paraguai em relação ao Mercosul, destacando o valor das parcerias com Brasil, Argentina, Uruguai e Chile.

Uruguai

Anabela Aldaz, vice-presidente da Câmara de Comércio e Serviços do Uruguai, destacou que o setor privado deve assumir um papel ativo dentro do Mercosul, representando tanto as pequenas quanto as grandes empresas.

A Conferência Internacional de Comércio e Serviços do Mercosul foi criada em 1992 e é organizada pelo Conselho de Câmaras de Comércio do Mercosul (CCCM).

E você, o que acha dessas discussões sobre a integração no Mercosul? Deixe seu comentário e compartilhe suas opiniões!

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